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NEPAL
Rebeldes maoístas destroem ponte e atacam campo militar
Confronto entre governo e guerrilha mata mais de 500, afirma porta-voz
DA REDAÇÃO
Pelo menos 500 rebeldes e 18
soldados e policiais morreram
ontem, no Nepal, segundo um
porta-voz do Exército. Foi um dos
piores confrontos desde que o
acordo de cessar-fogo entre o governo e a guerrilha maoísta foi
rompido no ano passado.
Centenas de rebeldes invadiram
a cidade de Beni, localizada a 282
km a oeste da capital, Katmandu.
O combate durou cerca de 12 horas e só foi debelado depois que as
forças de segurança receberam
reforço, disse o coronel Deepak
Gurung, porta-voz do Exército
Os guerrilheiros atacaram a prisão, bombardearam os escritórios
da administração distrital e uma
ponte, atearam fogo à delegacia
de polícia e derrubaram a torre de
telecomunicações. De acordo
com Gurung, eles também atacaram um campo militar.
No confronto, 11 soldados morreram e dois ficaram feridos. Os
rebeldes também mataram sete
policiais e deixaram outros 16 feridos. "Acreditamos que pelo menos 500 rebeldes possam ter morrido", afirmou Gurung. A área foi
bloqueada pelos militares, impedindo uma confirmação independente do número de vítimas.
A guerrilha maoísta nepalesa
começou a agir em fevereiro de
1996 e já matou mais de 9 mil pessoas. Seu objetivo é substituir a
monarquia parlamentarista por
um governo comunista.
Após três rodadas de negociações, rebeldes e governo firmaram um cessar-fogo no início do
ano passado. O acordo, porém
durou apenas sete meses, inviabilizado por um impasse sobre a
formação de uma assembléia especial -uma das principais exigências da guerrilha-, eleita para
conceber uma nova Constituição
e decidir a forma de governo.
Com agências internacionais
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