São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2004

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NEPAL

Rebeldes maoístas destroem ponte e atacam campo militar

Confronto entre governo e guerrilha mata mais de 500, afirma porta-voz

DA REDAÇÃO

Pelo menos 500 rebeldes e 18 soldados e policiais morreram ontem, no Nepal, segundo um porta-voz do Exército. Foi um dos piores confrontos desde que o acordo de cessar-fogo entre o governo e a guerrilha maoísta foi rompido no ano passado.
Centenas de rebeldes invadiram a cidade de Beni, localizada a 282 km a oeste da capital, Katmandu. O combate durou cerca de 12 horas e só foi debelado depois que as forças de segurança receberam reforço, disse o coronel Deepak Gurung, porta-voz do Exército
Os guerrilheiros atacaram a prisão, bombardearam os escritórios da administração distrital e uma ponte, atearam fogo à delegacia de polícia e derrubaram a torre de telecomunicações. De acordo com Gurung, eles também atacaram um campo militar.
No confronto, 11 soldados morreram e dois ficaram feridos. Os rebeldes também mataram sete policiais e deixaram outros 16 feridos. "Acreditamos que pelo menos 500 rebeldes possam ter morrido", afirmou Gurung. A área foi bloqueada pelos militares, impedindo uma confirmação independente do número de vítimas.
A guerrilha maoísta nepalesa começou a agir em fevereiro de 1996 e já matou mais de 9 mil pessoas. Seu objetivo é substituir a monarquia parlamentarista por um governo comunista.
Após três rodadas de negociações, rebeldes e governo firmaram um cessar-fogo no início do ano passado. O acordo, porém durou apenas sete meses, inviabilizado por um impasse sobre a formação de uma assembléia especial -uma das principais exigências da guerrilha-, eleita para conceber uma nova Constituição e decidir a forma de governo.


Com agências internacionais


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