São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2004

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ORIENTE MÉDIO

Ele foi confundido com judeu em ataque; Israel mata sete palestinos

Jovem árabe morre e choca Jerusalém

DA REDAÇÃO

Em mais um dia de violência, no qual Israel matou sete palestinos -quatro militantes do grupo terrorista Hamas-, o enterro de um jovem árabe-israelense morto em atentado em Jerusalém provocou comoção tanto entre os judeus quanto entre os palestinos.
O grupo terrorista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa matou George Khoury, 20, na noite de sexta-feira, quando ele praticava corrida em Jerusalém.
A organização terrorista, ligada ao Fatah do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, pediu desculpas ontem pelo atentado e disse tê-lo confundido com um judeu e designou-o como "um mártir". O diário "Haaretz" o incluiu entre as vítimas da violência palestina.
Estudante da Universidade Hebraica de Jerusalém, o cristão-ortodoxo Khoury buscava mediar um diálogo inter-religioso com seus colegas judeus e muçulmanos. Seu pai, Elias Khoury, é um proeminente advogado em Jerusalém, conhecido por defender os palestinos na Justiça de Israel. O avô de George, Daoud Khoury, também morreu em atentado, nos anos 70, cometido pelo Fatah no centro de Jerusalém.
"A violência palestina fere a causa palestina", disse Khoury.

Mortes
Um dos militantes mortos carregava explosivos. Quando tentava fugir dos soldados israelenses com a sua mulher, ele foi alvejado e explodiu. Os estilhaços também mataram a palestina. Outros três do Hamas morreram em troca de tiros com os soldados. Mais tarde, Israel matou mais dois palestinos.
O ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, disse que o objetivo israelense é combater duramente o Hamas, enfraquecendo-o antes da possível retirada de Gaza.


Com agências internacionais


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