São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2004

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ELEIÇÃO

Suprema Corte deve escolher hoje júri para decidir se votos serão recontados

Protesto pede recontagem em Taiwan

DA REUTERS

As 13 mil urnas usadas na eleição presidencial em Taiwan foram lacradas por decisão da Suprema Corte da ilha. O presidente Chen Sui-bian se reelegeu com 0,23% dos votos de vantagem depois de ter tomado um tiro de raspão na véspera das eleições.
Enquanto a medida era tomada, 10 mil pessoas manifestavam pela recontagem imediata dos votos diante do palácio presidencial em Taipé, entoando: "Recontagem imediata, anule a eleição" e escrevendo, com raios azuis "Chen renuncie" na torre do palácio.
O resultado da eleição é questionado pelo candidato derrotado Lien Chan, do Partido Nacionalista (Kuomintang). Ele exigiu a recontagem dos votos, alegando que houve urnas violadas, e a abertura de investigações sobre o atentado contra Chen.
A Suprema Corte da ilha deve escolher hoje um júri para decidir se os votos serão recontados.
Um dos questionamentos dos adversários de Chen é sobre os 330 mil votos que foram considerados inválidos. A vitória do atual presidente foi por cerca de 29 mil votos, dentro de um universo de 13 milhões de eleitores. Do lado de fora do palácio presidencial, Lien disse: "Por que não confiamos no governo? Porque há muitas coisas sob uma nuvem de suspeitas".
Especula-se que o atentado tenha sido armado por Chen; a polícia descarta essa hipótese.
Antes dos tiros, as pesquisas mostravam vitória apertada de Lien. Analistas consideram que o atentado contra Chen criou uma simpatia por ele na última hora, garantindo-lhe a vitória apertada.
Qualquer que seja o resultado da recontagem, Chen terá um difícil começo de segundo mandato. Seus desafios são, além de superar as críticas, manter o processo democrático e suportar a hostilidade da China, que considera a ilha uma "Província rebelde".


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