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ELEIÇÃO
Suprema Corte deve escolher hoje júri para decidir se votos serão recontados
Protesto pede recontagem em Taiwan
DA REUTERS
As 13 mil urnas usadas na eleição presidencial em Taiwan foram lacradas por decisão da Suprema Corte da ilha. O presidente
Chen Sui-bian se reelegeu com
0,23% dos votos de vantagem depois de ter tomado um tiro de raspão na véspera das eleições.
Enquanto a medida era tomada,
10 mil pessoas manifestavam pela
recontagem imediata dos votos
diante do palácio presidencial em
Taipé, entoando: "Recontagem
imediata, anule a eleição" e escrevendo, com raios azuis "Chen renuncie" na torre do palácio.
O resultado da eleição é questionado pelo candidato derrotado
Lien Chan, do Partido Nacionalista (Kuomintang). Ele exigiu a recontagem dos votos, alegando
que houve urnas violadas, e a
abertura de investigações sobre o
atentado contra Chen.
A Suprema Corte da ilha deve
escolher hoje um júri para decidir
se os votos serão recontados.
Um dos questionamentos dos
adversários de Chen é sobre os
330 mil votos que foram considerados inválidos. A vitória do atual
presidente foi por cerca de 29 mil
votos, dentro de um universo de
13 milhões de eleitores. Do lado de
fora do palácio presidencial, Lien
disse: "Por que não confiamos no
governo? Porque há muitas coisas
sob uma nuvem de suspeitas".
Especula-se que o atentado tenha sido armado por Chen; a polícia descarta essa hipótese.
Antes dos tiros, as pesquisas
mostravam vitória apertada de
Lien. Analistas consideram que o
atentado contra Chen criou uma
simpatia por ele na última hora,
garantindo-lhe a vitória apertada.
Qualquer que seja o resultado
da recontagem, Chen terá um difícil começo de segundo mandato. Seus desafios são, além de superar as críticas, manter o processo democrático e suportar a hostilidade da China, que considera a
ilha uma "Província rebelde".
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