COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM TEERÃ

Os narcotraficantes constantemente inventam métodos novos para fugir da pressão dos militares iranianos que vigiam a fronteira com o Afeganistão. É comum ver camelos vagando solitários entre as dunas do deserto, carregados com fardos.
Os traficantes os amestraram para guiar-se sozinhos pelo deserto até chegarem aos pontos de coleta. Cada animal pode chegar a transportar uma tonelada de droga, e vigiar cada camelo que vaga sozinho no deserto é trabalho impossível.
Os traficantes sabem que muitos animais serão capturados, mas seu negócio continuará a ser rentável.
Há anos que o Irã se queixa da falta de colaboração do governo pró-ocidental afegão, encabeçado por Hamid Karzai, que invariavelmente se justifica dizendo não possuir meios suficientes para controlar o cultivo e o tráfico de drogas no interior do país. A autoridade de Cabul restringe-se hoje em dia aos limites da capital.
O resultado é que nem sequer a presença no Afeganistão dos Exércitos mais poderosos do Ocidente dificultou o trabalho dos narcotraficantes. (MMT)


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