|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tendo tudo para não dar certo, Sarkozy se impôs
DA REPORTAGEM LOCAL
Até há bem pouco o establishment de centro-direita na
França não se reconhecia em
Nicolas Sarkozy, 52. Mas com o
tempo ele tornou-se para os
conservadores moderados a
única opção presidencial.
"Sarkô" tinha tudo para dar
errado. É feio, tem pouco charme e erudição literária. Mas se
impôs ao insistir que a meritocracia deve substituir as castas
de privilegiados. E, sobretudo,
ao defender a lei e a ordem num
país em que os conservadores
temem os criminosos, imigrantes e arruaceiros.
Sarkozy era pouco conhecido
até 2002. Naquele ano se tornou ministro do Interior, responsável pela polícia.Tomava
pessoalmente providências,
participava compulsivamente
de reuniões em que palpitava
sobre todas as áreas do governo. Já era candidato.
Antes disso, tinha sido prefeito, aos 28 anos, de Neuilly-sur-Seine, o mais chique dos
subúrbios parisienses, deputado e ministro do Orçamento.
Passou depois pelo Ministério
da Economia, onde traiu seu liberalismo econômico, conforme a revista "Economist", para,
com dinheiro dos contribuintes, salvar da falência a Alstom,
indústria ferroviária de ponta.
Filho de imigrantes judeus
húngaros convertidos ao cristianismo, diplomou-se em direito e fez mestrado na área jurídica. Tem três filhos de dois
casamentos.
(JOÃO BATISTA NATALI)
Texto Anterior: Eleição discute quem é filho da República Próximo Texto: Ségolène Royal se aproveita de voto útil Índice
|