São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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Tendo tudo para não dar certo, Sarkozy se impôs

DA REPORTAGEM LOCAL

Até há bem pouco o establishment de centro-direita na França não se reconhecia em Nicolas Sarkozy, 52. Mas com o tempo ele tornou-se para os conservadores moderados a única opção presidencial.
"Sarkô" tinha tudo para dar errado. É feio, tem pouco charme e erudição literária. Mas se impôs ao insistir que a meritocracia deve substituir as castas de privilegiados. E, sobretudo, ao defender a lei e a ordem num país em que os conservadores temem os criminosos, imigrantes e arruaceiros.
Sarkozy era pouco conhecido até 2002. Naquele ano se tornou ministro do Interior, responsável pela polícia.Tomava pessoalmente providências, participava compulsivamente de reuniões em que palpitava sobre todas as áreas do governo. Já era candidato.
Antes disso, tinha sido prefeito, aos 28 anos, de Neuilly-sur-Seine, o mais chique dos subúrbios parisienses, deputado e ministro do Orçamento. Passou depois pelo Ministério da Economia, onde traiu seu liberalismo econômico, conforme a revista "Economist", para, com dinheiro dos contribuintes, salvar da falência a Alstom, indústria ferroviária de ponta.
Filho de imigrantes judeus húngaros convertidos ao cristianismo, diplomou-se em direito e fez mestrado na área jurídica. Tem três filhos de dois casamentos. (JOÃO BATISTA NATALI)


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