São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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Ségolène Royal se aproveita de voto útil

DA REPORTAGEM LOCAL

Por seis anos, Marie-Ségolène Royal, 53, foi uma anônima assessora do presidente socialista François Miterrand. Sua ascensão é recente no Partido Socialista. Elegeu-se deputada em 1988 e ocupou, entre 1997 e 2002, três ministérios desimportantes em gabinetes da esquerda. Há três anos elegeu-se para a presidência do conselho regional de Poitou-Charentes, tradicionalmente governado pela direita. Muitos socialistas, sem uma liderança nacional que os unisse, comemoraram essa vitória de modo bastante exagerado para promover sua pré-candidatura presidencial.
Seu nome foi oficializado em primárias no final de 2006. A lembrança de 2002, quando o candidato presidencial socialista, Lionel Jospin, não foi para o segundo turno, tende a beneficiá-la com o voto útil. Ségolène reúne três grandes vantagens: ser mulher, novidade num país de certa misoginia política, ser pouco convencional, por nunca se ter casado com François Hollande, hoje presidente do PS e com quem teve quatro filhos, e integrar uma geração mais recente de militantes, pouco comprometida com as derrotas e os escândalos do PS dos anos 70 a 90.
Ségolène quer que a sociedade participe das decisões de governo por meio dos conselhos comunitários, mais ou menos como queria no Brasil o PT dos anos 80. (JBN)


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