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SAÚDE
Acordo endurece restrições
192 países aprovam o tratado antitabagista
DA REDAÇÃO
Os 192 países reunidos na 56ª
assembléia geral da Organização
Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, na Suíça, formalizaram ontem por unanimidade a aprovação da Convenção de Controle do
Tabaco, o primeiro tratado internacional antitabagista da história.
O acordo, cujo texto final havia
ficado pronto em março e foi
aprovado preliminarmente anteontem, traz medidas duras, como restrições severas à propaganda, criação de políticas de imposto e de preço para provocar a redução do consumo e combate ao contrabando internacional.
"Estamos agindo para salvar bilhões de vidas e proteger a saúde
das futuras gerações", disse a diretora-geral da OMS, a ex-premiê
norueguesa Gro Harlem Brundtland -ela deixará o cargo em julho, dando lugar ao sul-coreano Lee Jong-wook, 58, escolhido ontem na assembléia.
Para que o tratado entre em vigor, é necessário que 40 países o
ratifiquem. O embaixador brasileiro Luiz Felipe de Seixas Corrêa,
presidente da comissão negociadora do acordo, previu ontem
que esse número seja alcançado
dentro de um ano.
Apesar do otimismo da OMS,
não houve variação significativa
ontem no valor das ações de fabricantes de cigarro nas Bolsas européias. Segundo Michael Smith, analista da banco JP Morgan em
Londres, algumas emendas "diluíram seriamente" a força do tratado. Como exemplo, cita a política tributária sobre o cigarro, que
passou a ser opcional.
Novo diretor
Especialista em tuberculose, Lee
Jong-wook, 58, é o primeiro sul-coreano a assumir o posto máximo da OMS. Ele trabalha há 19 anos na entidade, onde ganhou
reconhecimento ao gerenciar o
programa mundial de combate à
tuberculose. O mandato tem duração de cinco anos.
Com agências internacionais
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