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CÚPULA
Mas premiê estabelece condição
Sharon promete ceder 2 cidades a palestinos
DA REDAÇÃO
Em reunião de mais de duas horas que fez avançar pouco o plano
de paz entre israelenses e palestinos, o premiê de Israel, Ariel Sharon, disse ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, que, caso este se
empenhe em controlar os grupos
terroristas árabes, vai transferir
mais duas cidades na Cisjordânia
ao controle palestino.
Sobre as demandas que Abbas
levou à reunião, realizada ontem
na casa de Sharon, em Jerusalém,
o premiê respondeu que somente
seriam atendidas quando a ANP
agisse contra os terroristas. Mas
Sharon anunciou que entregará
as cidades de Belém e Qalqilya, na
Cisjordânia, se Abbas mostrar
que está se empenhando em refrear esses grupos.
Na primeira reunião dos dois líderes após a eleição de Abbas,
realizada em 8 de fevereiro, quando foi firmada uma trégua, os israelenses se comprometeram a
entregar ao controle palestino
cinco cidades na região oeste da
Cisjordânia, mas só duas foram
entregues (Tulkarem e Jericó). O
processo foi interrompido sob a
alegação de que os palestinos não
estavam impedindo os atentados.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, o governo
israelense divulgou trecho de vídeo da reunião de ontem em que
Sharon cobra Abbas. "Quando
estávamos no Egito", disse Sharon, fazendo referência à cúpula
do dia 8, "você disse que empreenderia todos os esforços para
pôr fim ao terrorismo e começar a
minar sua infra-estrutura, mas isso nunca aconteceu".
A retirada da faixa de Gaza, no
entanto, não será prorrogada
-seu início está marcado para
agosto próximo. Segundo declaração do primeiro-ministro israelense, ele e Abbas "concordaram
em coordenar a retirada".
De acordo com membros do
governo de Israel que estiveram
na cúpula, Sharon prometeu também liberar mais prisioneiros palestinos e permitir a reabertura do
porto e do aeroporto da faixa de
Gaza, após a desocupação, mas,
de novo, só se a ANP mostrar esforços no combate ao terrorismo.
Já os palestinos consideraram a
reunião frustrante. "Em todos os
tópicos em que esperávamos uma
resposta positiva, não houve nenhuma", comentou Ahmed Qorei, premiê palestino.
Detidos
Pouco antes da reunião, o Exército israelense deteve, na região
oeste da Cisjordânia, 52 palestinos acusados de pertencerem ao
grupo terrorista Jihad Islâmico. A
blitz foi a maior desde o acordo de
8 de fevereiro e, segundo o Ministério da Defesa israelense, é uma
resposta ao fato de o grupo não
estar respeitando a trégua.
De acordo com o Ministério do
Interior da ANP, um avião israelense disparou mísseis contra
uma habitação abandonada no
norte da faixa da Gaza. Não houve
registro de vítimas.
Com agências internacionais
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