São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 2002

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Brasil relutou sobre ação conjunta

DE WASHINGTON

DA REDAÇÃO

Embora tenha colaborado com os países vizinhos no "combate a terroristas" comunistas nos anos 70, o regime militar do Brasil se mostrou reticente em aderir à Operação Condor. Segundo documento americano revelado nesta semana, o governo brasileiro teria sido o único a não enviar representantes para uma conferência latino-americana de chefes de polícia que trataria da cooperação para prender subversivos.
De acordo com o que foi relatado ao embaixador americano em Buenos Aires pelo chefe da polícia federal argentina, comissário Margaride, "o Brasil foi o único a não enviar representantes, apresentando como desculpas o fato de a reunião ter ocorrido durante o Carnaval". A conferência, em local não revelado, aconteceu em fevereiro de 1974 e teria plantado as primeiras sementes da Operação Condor, lançada em 1975.
Na visão da CIA (serviço de inteligência dos EUA), o Brasil participou com restrições e teve uma atuação limitada na Operação Condor. "Apesar de ter aderido ao acordo original entre Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia e Paraguai para cooperar na troca de informações sobre terrorismo e subversão, [o Brasil" ainda não concordou em participar das operações de ação na Europa e limitaria sua contribuição ao fornecimento de equipamentos de comunicação", diz documento da CIA liberado à consulta pública em 1999.


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