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Brasil relutou sobre ação conjunta
DE WASHINGTON
DA REDAÇÃO
Embora tenha colaborado com
os países vizinhos no "combate a
terroristas" comunistas nos anos
70, o regime militar do Brasil se
mostrou reticente em aderir à
Operação Condor. Segundo documento americano revelado
nesta semana, o governo brasileiro teria sido o único a não enviar
representantes para uma conferência latino-americana de chefes
de polícia que trataria da cooperação para prender subversivos.
De acordo com o que foi relatado ao embaixador americano em
Buenos Aires pelo chefe da polícia
federal argentina, comissário
Margaride, "o Brasil foi o único a
não enviar representantes, apresentando como desculpas o fato
de a reunião ter ocorrido durante
o Carnaval". A conferência, em
local não revelado, aconteceu em
fevereiro de 1974 e teria plantado
as primeiras sementes da Operação Condor, lançada em 1975.
Na visão da CIA (serviço de inteligência dos EUA), o Brasil participou com restrições e teve uma
atuação limitada na Operação
Condor. "Apesar de ter aderido
ao acordo original entre Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia e Paraguai para cooperar na troca de informações sobre terrorismo e
subversão, [o Brasil" ainda não
concordou em participar das operações de ação na Europa e limitaria sua contribuição ao fornecimento de equipamentos de comunicação", diz documento da
CIA liberado à consulta pública em 1999.
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