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IRAQUE SOB TUTELA
Grupo ligado à Al Qaeda promete divulgar vídeo em breve; parentes de refém britânico apelam a Blair
Terror anuncia morte de outro americano
DA REDAÇÃO
O grupo terrorista Tawhid e Jihad anunciou ontem ter matado
mais um refém norte-americano
no Iraque. Os extremistas ameaçam matar outro refém, um britânico, caso os EUA e o Reino Unido não soltem muçulmanas mantidas em prisões iraquianas.
Anteontem, o grupo liderado
pelo jordaniano Abu Musab al
Zarqawi -ligado à rede Al Qaeda
e por quem os EUA oferecem US$
25 milhões pela captura- havia
divulgado vídeo que mostrava o
americano Eugene Armstrong,
52, sendo degolado. Ele havia sido
seqüestrado na quinta-feira ao lado do compatriota Jack Hensley,
48, e do britânico Kenneth Bigley,
62. Os três trabalhavam em Bagdá
como engenheiros civis.
A morte do segundo refém ainda não foi confirmada. Os terroristas anunciaram que colocariam
um vídeo na internet "em breve".
Eles não deram um prazo para o
cumprimento de suas exigências
para não matar o refém britânico.
Os EUA afirmam que mantêm
detidas apenas duas mulheres no
Iraque -elas são cientistas e teriam trabalhado na fabricação de
armas químicas. O Reino Unido
afirmou que não tem nenhuma
mulher sob sua guarda.
A CIA (agência de inteligência
dos EUA) confirmou que a voz
ouvida no vídeo de Armstrong é
mesmo a de Zarqawi. O presidente George W. Bush condenou o
assassinato de Armstrong e expressou condolências à família.
Até agora, o Tawhid e Jihad já
assumiu o assassinato de seis reféns. Desde que começou a onda
de seqüestros no Iraque, mais de
130 estrangeiros já foram feitos reféns e cerca de 30 deles foram assassinados. Ao menos sete foram
degolados.
"Eu peço a Tony Blair pessoalmente para considerar a quantidade de derramamento de sangue
já feita. Somente você pode salvá-lo agora. Por favor, atenda às exigências e liberte o meu pai", afirmou Craig Bigley, filho do refém.
O premiê britânico telefonou
para familiares de Bigley para dizer que o governo estava fazendo
tudo o que podia. Porém um funcionário da Chancelaria, falando
anonimamente, disse que o governo não cederia: "Simplesmente não podemos. Significaria a
abertura da temporada para os
terroristas".
A empreiteira turca Vinsan
anunciou que está interrompendo suas atividades no país como
forma de conseguir soltar dez de
seus funcionários. Também foi
anunciada a libertação de um refém turco -a empresa para a
qual ele trabalhava saiu do Iraque.
Ataque contra Al Sadr
Tropas americanas invadiram
os escritórios do clérigo radical
xiita Moqtada al Sadr em Najaf
(sul). Segundo a polícia, 12 pessoas foram presas -incluindo alguns estrangeiros. À noite, lançaram ataque com helicópteros no
bairro Sadr City, um reduto xiita
em Bagdá.
Também na capital, um carro-bomba explodiu na estrada que
leva ao aeroporto da cidade, ferindo quatro soldados americanos.
Insurgentes lançaram um ataque
com morteiros contra a prisão de
Abu Ghraib, perto de Bagdá. Segundo militares dos EUA, um prisioneiro iraquiano morreu. O comando americano anunciou que
dois marines foram mortos perto
de Fallujah (oeste).
Com agências internacionais
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