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Israel teve informe dos EUA para agir na Síria
DA REDAÇÃO
Israel apenas bombardeou
na Síria uma suposta instalação
nuclear, no último dia 6, depois
de ter recebido dos Estados
Unidos a confirmação da presença no local de técnicos da
Coréia do Norte.
O envolvimento do governo
americano naquele episódio,
pouco alardeado por Israel e
sobre o qual a Casa Branca e o
Departamento de Estado não
reagiram, foi relatado ontem
pelo "Washington Post".
Informantes não identificados disseram ao jornal que os
EUA ficaram constrangidos depois que os israelenses apontaram a cumplicidade norte-coreana no projeto de construção
de um reator sírio. Isso porque
a diplomacia americana não
quer melindrar o regime de
Pyongyang, com o qual desenvolve bem-sucedidas negociações para o desmonte de seu
programa nuclear, antes voltado para finalidades militares.
Os caças israelenses, diz o
"Washington Post", operaram
à noite, e seus pilotos foram informados da missão -ao norte
da Síria, perto da fronteira turca- só depois da decolagem.
Damasco e Pyongyang negaram esta semana que tenham
um programa de cooperação na
área nuclear. Israel até recentemente trabalhou com a hipótese de que a ditadura síria se esforça no ramo das armas químicas para dissuadir Israel de
uma possível operação militar
sobre seu território.
"Preocupação extrema"
Bruce Riedel, um especialista
na região que trabalhou na
Brookings Institution, entidade privada americana, disse
que a operação foi desencadeada em razão da preocupação
"extrema" de Israel com as possíveis atividades nucleares sírias. Havia o risco de a Síria reagir, e se criar uma situação de
conflito aberto. Mesmo assim,
o risco foi assumido.
Outro especialista americano, Edward Djerejian, ex-embaixador em Damasco, disse ter
detectado em Israel uma preocupação aguda com a possibilidade de a Síria respeitar os limites que Jerusalém toleraria
-nada de armas nucleares, por
exemplo.
A operação ocorreu apenas
três dias depois que um barco
norte-coreano descarregou no
porto sírio de Tartus algo registrado como cimento.
Com agências internacionais
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