São Paulo, sábado, 22 de setembro de 2007

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Comércio chinês com África cresce

DA REDAÇÃO

Sem as contrapartidas institucionais e políticas exigidas pelos governos ocidentais e pelas instituições financeiras internacionais, a China vem consolidando sua parceria econômica com a África. As trocas sino-africanas se multiplicaram por 10 na última década, alcançando US$ 50 bilhões em 2006.
Destruída pela sucessão de conflitos e guerras civis -apenas 6% da população tem acesso a energia elétrica-, a República Democrática do Congo precisa, com urgência, de investimentos em infra-estrutura. Mas os recursos estrangeiros são escassos para um país endividado e politicamente instável -e vêm, com freqüência, condicionados ao controle de gastos públicos e medidas humanitárias.
O crescimento econômico previsto para a África em 2007 é de 5,7%, mais do que o esperado para as nações desenvolvidas e um ligeiro aumento em relação aos 5,6% de 2006. A alta no preço das commodities impulsiona o boom.
A China se esforça para colher os dividendos da parceria. Em novembro do ano passado, dirigentes de 48 países africanos participaram de uma reunião de cúpula em Pequim.
A sintonia com a África fortalece a posição chinesa em fóruns internacionais -e pode ser estratégica também para os regimes africanos.
Pequim rejeita as insinuações de que esteja promovendo um neocolonialismo e boicotando esforços internacionais para promover o respeito aos direitos humanos no continente. Tida ela própria como violadora desses direitos, evita condenações.
Críticos afirmam que a concorrência com produtos chineses é fatal para a incipiente indústria africana e que não se sabe quanto tempo durará o cenário internacional favorável ao crescimento, que se baseia na exploração de recursos naturais, sobretudo metais e petróleo.


Com agências internacionais

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