São Paulo, terça-feira, 22 de setembro de 2009

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Amorim diz que Zelaya voltou por "meios próprios"

DE NOVA YORK

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou ontem em Nova York que o presidente deposto hondurenho, Manuel Zelaya, regressou ao seu país "por meios próprios e pacíficos".
"O Brasil não teve nenhuma interferência na vinda dele para Honduras, mas naturalmente [ele] foi recebido, [porque] é o presidente legítimo de Honduras", disse Amorim.
O governo brasileiro tomou medidas para assegurar a segurança de Zelaya, da embaixada e de seus funcionários contatando o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, e solicitando apoio ao governo americano.
Segundo Amorim, o que protege a embaixada de uma ação hostil do governo golpista comandado por Roberto Micheletti, com o qual o Brasil não tem relações diplomáticas, são o bom senso e a cooperação dos países aliados.

Apoio
Amorim deu as boas-vindas a Zelaya e disse que a escolha da embaixada brasileira reflete o apoio que o país tem dado para a volta do presidente deposto ao poder -entre outras medidas, retirou o embaixador de Tegucigalpa, suspendeu programas de cooperação bilateral e acabou com a isenção de vistos para cidadãos hondurenhos que pretendam visitar o Brasil. Lembrou ainda que Zelaya foi recebido por Lula no Brasil em agosto e disse contar com uma ação mais decisiva da OEA para garantir o retorno ao poder.
O chanceler disse que o Brasil está disposto a auxiliar Zelaya no diálogo com o governo golpista para que ele possa voltar ao poder.
Questionado sobre como Zelaya regressou ao país, Amorim disse apenas que teve uma rápida conversa por telefone com ele. "Perguntei pela saúde dele e ele me disse que se encontrava bem, mas que naturalmente foi uma caminhada difícil, por montanhas." Indagado novamente sobre o assunto, desconversou: "Não sei se ele veio a pé ou de carro, não tenho detalhes". (JANAINA LAGE)


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