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Obama perde mentor de pacote econômico
Larry Summers é considerado o arquiteto dos planos de ajuda que tiveram o objetivo de tirar os EUA da crise
Ex-chefe do Tesouro, ele afirma, em nota, que quer voltar a dar aulas em Harvard após deixar o posto, no fim do ano
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Larry Summers, um dos
principais assessores econômicos de Barack Obama,
anunciou ontem que deixará
o cargo no final do ano, no
que pode ser considerado um
grande baque para o presidente norte-americano.
Obama luta para colocar a
economia dos EUA de volta
aos trilhos.
Em um comunicado, Summers, diretor do Conselho
Econômico Nacional da Casa
Branca, afirmou que há tempos deseja voltar a lecionar
na Universidade Harvard, e
que Obama deve continuar
buscando seus conselhos.
Ao deixar o cargo, ele deve
passar a integrar o Conselho
Consultivo de Recuperação
Econômica, painel formado
por especialistas de fora do
governo e liderado pelo ex-presidente do Federal Reserve (banco central americano)
Paul Volcker.
Ex-secretário do Tesouro
americano e conhecido por
sua franqueza, Summers levou seus anos de experiência
para o cargo no governo.
No entanto, ele tem sido
criticado por alguns membros mais liberais do Partido
Democrata como sendo muito próximo do mercado financeiro.
Há relatos de choques entre os integrantes do time
econômico do governo.
Summers será o terceiro
funcionário econômico de alto escalão a deixar o governo
Obama. Com sua saída, o secretário do Tesouro, Timothy
Geithner, será o único membro sênior da equipe a continuar em seu cargo original.
HISTÓRICO
Sob a liderança de Summers, o conselho esteve no
centro da política econômica
do governo Obama.
Ele foi considerado arquiteto dos pacotes de ajuda à
economia que tiveram o objetivo de tirar o país da maior
crise econômica desde 1929.
A chamada Grande Recessão teve início em 2008 nos
EUA e, depois, se espalhou
pelo mundo.
Ele liderou ainda a restruturação da indústria automobilística americana.
Summers chegou a ser citado como possível candidato à presidência do Federal
Reserve, mas Obama preferiu manter Ben Bernanke,
originalmente indicado para
o cargo pelo ex-presidente
George W. Bush.
Nos corredores da Casa
Branca, os que conhecem
Summers diziam havia bastante tempo que ele provavelmente não iria ficar no
cargo por mais de dois anos.
A movimentação na equipe de Obama ocorre em um
momento em que analistas
dizem que o presidente precisa sinalizar um novo curso
para a economia, gerando
confiança em sua liderança,
em meio a previsões de que
os democratas devem perder
cadeiras no Congresso nas
eleições de 2 de novembro.
Especula-se que o presidente possa escolher alguém
de fora de seu governo para o
cargo de Summers. Laura
Tyson, que foi conselheira
econômica de Bill Clinton,
tem sido citada.
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