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São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Arafat pede o fim de "loucura israelense"

Ação militar de Israel em Ramallah mata um e fere 16 palestinos

DA REDAÇÃO

A Assembléia Geral da ONU aprovou ontem, com ampla maioria, uma resolução em que pede a Israel que elimine a barreira que está construindo para separar o país da Cisjordânia -para tentar impedir a entrada de terroristas palestinos.
Após uma longa negociação, os países árabes que estavam por trás da resolução foram obrigados a abandonar sua intenção de levar o caso ao Tribunal Penal Internacional, conseguindo, assim, uma votação unânime dos países da União Européia.
Esta acabou apresntando o texto para votação. Houve 144 votos favoráveis à resolução, 12 abstenções e quatro votos contrários ao texto, inclusive os dos EUA e de Israel. Recentemente, os EUA vetaram uma resolução semelhante no Conselho de Segurança.
O Exército de Israel realizou ontem incursão em Ramallah (Cisjordânia). As tropas israelenses impuseram toque de recolher, cercaram uma mesquita e inspecionaram os escritórios da rede de TV Al Jazira, do Qatar.
Os choques entre israelenses e palestinos deixaram um palestino morto e 16 feridos.
Segundo o Exército, a mesquita de Abdel Nasser é utilizada como refúgio por integrantes do grupo terrorista Hamas. Os israelenses estariam em busca de membros do grupo. A ação na Al Jazira não foi justificada por Israel.
A operação ocorre um dia depois de cinco ataques aéreos israelenses matarem dez palestinos na faixa de Gaza. Segundo Israel, pelo menos sete eram do Hamas. Os palestinos dizem que quase todos os mortos eram civis. A ação reabriu discussão em israel sobre a morte de civis palestinos em ações contra terroristas.
Antes da incursão israelense, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, havia pedido uma imediata ação internacional para frear "a loucura militar dos israelenses". Seus médicos afirmaram que ele precisará realizar no futuro uma cirurgia para retirar pedras do rim.


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