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ORIENTE MÉDIO
Arafat pede o fim de "loucura israelense"
Ação militar de Israel em Ramallah mata um e fere 16 palestinos
DA REDAÇÃO
A Assembléia Geral da ONU
aprovou ontem, com ampla
maioria, uma resolução em que
pede a Israel que elimine a barreira que está construindo para separar o país da Cisjordânia -para tentar impedir a entrada de terroristas palestinos.
Após uma longa negociação, os
países árabes que estavam por
trás da resolução foram obrigados
a abandonar sua intenção de levar
o caso ao Tribunal Penal Internacional, conseguindo, assim, uma
votação unânime dos países da
União Européia.
Esta acabou apresntando o texto para votação. Houve 144 votos
favoráveis à resolução, 12 abstenções e quatro votos contrários ao
texto, inclusive os dos EUA e de
Israel. Recentemente, os EUA vetaram uma resolução semelhante
no Conselho de Segurança.
O Exército de Israel realizou ontem incursão em Ramallah (Cisjordânia). As tropas israelenses
impuseram toque de recolher,
cercaram uma mesquita e inspecionaram os escritórios da rede de
TV Al Jazira, do Qatar.
Os choques entre israelenses e
palestinos deixaram um palestino
morto e 16 feridos.
Segundo o Exército, a mesquita
de Abdel Nasser é utilizada como
refúgio por integrantes do grupo
terrorista Hamas. Os israelenses
estariam em busca de membros
do grupo. A ação na Al Jazira não
foi justificada por Israel.
A operação ocorre um dia depois de cinco ataques aéreos israelenses matarem dez palestinos na
faixa de Gaza. Segundo Israel, pelo menos sete eram do Hamas. Os
palestinos dizem que quase todos
os mortos eram civis. A ação reabriu discussão em israel sobre a
morte de civis palestinos em
ações contra terroristas.
Antes da incursão israelense, o
presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat,
havia pedido uma imediata ação
internacional para frear "a loucura militar dos israelenses". Seus
médicos afirmaram que ele precisará realizar no futuro uma cirurgia para retirar pedras do rim.
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