DA REDAÇÃO

Comandante da companhia do Exército dos EUA cujos soldados se recusaram a participar de missão de transporte de combustível em uma zona perigosa do Iraque foi afastada de suas funções.
A decisão de dispensar a comandante da 343ª Companhia de Intendência do Exército dos EUA foi feita a pedido da própria militar. O nome dela não foi divulgado por questões de privacidade, e ela será realocada em um cargo condizente com a sua posição.
"A comandante que deixa o cargo não é suspeita de má conduta e essa dispensa não tem nada a ver com culpa ou inocência de nenhuma outra pessoa", segundo comunicado do Exército.
Dezoito soldados dessa companhia são investigados por se recusarem a dirigir um comboio que levaria combustível da base aérea de Tallil, perto de Nassiriah, para Taji, ao norte de Bagdá.
A missão foi levada a cabo posteriormente por outros soldados da companhia, que conta com ao menos 120 soldados no Iraque.
Os soldados disseram às suas famílias que eles se recusaram a participar da missão na semana passada porque os veículos nos quais viajariam não eram blindados e estavam em más condições. Eles acrescentaram que as reclamações feitas à comandante foram ignoradas por ela.
Os comboios militares são constantemente alvo de ataques de insurgentes no Iraque. A 343ª companhia distribui comida, água e combustível por meio de caminhões em zonas de combate.
John Coates, da Carolina do Norte, disse que o seu filho, o major Coates, 26, afirmou a ele que a decisão dos reservistas ocorreu depois de eles retornarem de uma jornada de três dias e meio para levar combustível à base de Camp Duke, perto da cidade de Najaf, e receberam ordens para uma nova missão -desta vez, em uma área de intensa atividade de grupos de insurgentes, segundo Coates.
Os soldados pediram então que a comandante integrasse a nova missão em território hostil. A oficial teria se recusado. Contrariados com a postura dela, eles decidiram se recusar a levar adiante a arriscada missão.