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Farc dizem que soltarão seis reféns
Grupo inclui três policiais, um militar, um ex-deputado e um ex-governador
Guerrilha, em profunda crise, diz que seqüestrados serão entregues a senadora Piedad Córdoba; ela pediu a participação de Chávez
DA REDAÇÃO
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)
anunciaram ontem que libertarão unilateralmente seis reféns
que mantêm em seu poder: o
ex-governador do departamento de Meta Alan Jara, o ex-deputado Sigifriedo López e ainda
três policiais e um militar cujos
nomes não foram revelados.
De acordo com o comunicado da guerrilha divulgado na internet, a libertação ocorrerá em
duas etapas, mas ainda não há
data. Primeiro, serão os policiais e militares. Depois será a
vez Jara, seqüestrado em 2001,
e de Sigifriedo López, único sobrevivente entre os 12 deputados seqüestrados em Cali em
2002 -outros 11 foram mortos
pela guerrilha. "Estou imensamente feliz", afirmou Claudia
Rujeles, mulher de Jara.
A decisão, descrita pela guerrilha "como mostra de nossa
boa vontade" pelo intercâmbio
humanitário -a troca dos reféns por guerrilheiros presos-,
ocorre num momento de grave
crise nas Farc.
É a primeira libertação unilateral desde as feitas como desagravo ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, no começo
do ano, e as primeiras após reféns ganharem a liberdade por
meio de uma ação militar (a
exitosa e controversa que libertou Ingrid Betancourt em julho) ou por deserção de capatazes atraídos por recompensas.
Pelo sucesso das estratégias,
o Bogotá menciona cada vez
menos a possibilidade da troca
humanitária e redobrou a aposta na pressão militar. No começo do mês, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, chegou a
advertir que as Farc anunciariam libertações para tentar
angariar dividendos políticos.
No texto, a guerrilha informa
que os reféns serão entregues à
senadora opositora Piedad
Córdoba, que também participou das libertações anteriores e
é parte de um grupo de intelectuais que iniciou um troca de
correspondência com as Farc
neste semestre.
A uma rádio, Piedad disse
que dificilmente os reféns serão soltos ainda neste ano. Ela
afirmou que gostaria de ser
acompanhada por Chávez, mas
não o havia consultado ainda.
Contando os seis que devem
ser libertados, são 28 os reféns
"políticos" que as Farc desejam
trocar pelos guerrilheiros.
Mantém em seu poder mais de
500 seqüestrados por dinheiro.
Com agências internacionais
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