São Paulo, sábado, 23 de janeiro de 2010

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Quase 50% das doações brasileiras ao país não têm utilidade imediata

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Grande parte das doações feitas pelos brasileiros para ajudar o Haiti ainda não tem como ser enviada ao país por estar fora da lista de extrema necessidade.
Até ontem, a Defesa Civil recebeu 553 toneladas dos mais variados tipos de alimento, bebidas e produtos de higiene pessoal. Desse total, 230 toneladas são arroz e feijão, mas os haitianos não têm condições de cozinhar pela destruição de grande parte das casas e pela falta de gás. A remessa desses produtos ficará para depois.
Por isso, o governo estabeleceu uma lista de prioridades de doações, como comidas enlatadas, bebidas engarrafadas e barras de cereal.
Chegaram à Defesa Civil 400 mil barras de cereal (equivalentes a 11,45 toneladas), 80 toneladas de enlatados, como carne, atum, sardinha e salsichas, 115 toneladas de cestas básicas e 27 toneladas de bebidas.
Outras 89,6 toneladas de doações se referem a colchonetes, cobertores, barracas, rolos de lona de plástico e kits de higiene pessoal.
Em medicamentos, o governo brasileiro recebeu 150 toneladas que serão enviadas neste fim de semana ao Haiti. Foram doados anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos.
Na próxima semana, os primeiros profissionais de saúde voluntários embarcarão em um porta-aviões italiano para o Haiti para dar atendimento à população. A equipe é formada na maioria por cirurgiões, enfermeiros e anestesistas.
O porta-aviões funcionará como um hospital e ficará sob as orientações da missão brasileira no país. Os médicos ficarão cerca de 30 dias a bordo.
Os alimentos estão sendo enviados em voos da FAB (Força Aérea Brasileira).
O embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, estima que será preciso esperar pelo menos três meses para dar início à reconstrução do país. Até lá, a ajuda humanitária vai mobilizar todas as tropas da Minustah, a missão de paz da ONU.


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