São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011

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Cúpula sino-americana favoreceu chineses

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

A visita do presidente chinês, Hu Jintao, aos EUA na última semana foi um aparente sucesso para a Casa Branca, que fez boa dose de pressão por direitos humanos, insistiu na questão do câmbio e conseguiu extrair gordos acordos comerciais.
Mas, para além da retórica de cooperação, houve pouca, se alguma, real mudança de posição da China nos pontos mais caros aos americanos -desvalorização artificial do yuan, abuso das liberdades civis e projeção expansiva da força militar.
Elizabeth Economy, do Council on Foreign Relations, disse que a China não cedeu, mas que na maioria dos temas ninguém deveria ter esperado transformações.
"Na questão do câmbio [...] a China vai caminhar em ritmo próprio, de acordo com o que entende como seus interesses comerciais", disse.
Por seu lado, a China saiu dos EUA satisfeita, disse Daniel Kliman, do Centro para uma Nova Segurança Americana. "Hu Jintao veio a Washington buscando uma afirmação do poder e influência crescentes da China no mundo. A pompa e a cerimônia com que foi recebido passou a ele a impressão de que isso foi confirmado."
Assim como Economy, ele não vê grandes mudanças. Já será motivo de comemoração, afirma, se "os dois países se tornarem mais acostumados a coexistir apesar da desconfiança".


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