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memória
Família real não foge ao combate
RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL
Não resta dúvida que a
família real britânica é a
mais combatente entre os
mortais de sangue azul.
Como seu tio Andrew, piloto de helicóptero na
Guerra das Malvinas/Falklands, em 1982, o príncipe Harry será enviado a
uma região de conflito
com o posto mais baixo da
oficialidade, segundo-tenente - a "forma de vida
mais baixa e descartável
entre oficiais", como brincam os militares.
Em geral, os "reais" costumam entrar na Marinha
Real, a força mais antiga.
Não existe um "Exército
Real" no Reino Unido, mas
sim regimentos "reais" de
vários tipos. Harry faz parte de um dos mais tradicionais da cavalaria, o
Blues and Royals.
No Iraque, ele comandará o tanque leve Scimitar (cimitarra, uma espada
árabe), à frente de um pelotão com quatro desses
tanques e doze sargentos,
cabos e soldados. O Scimitar é um veículo ágil e bem
armado com um canhão
Rarden de tiro rápido de
calibre 30 mm. Mas é pouco blindado.
O avô de Harry também
viu a guerra de perto. O
príncipe Philip, Duque de
Edinburgo e marido da
rainha Elizabeth, era oficial da Marinha durante a
Segunda Guerra. Estava a
bordo do couraçado HMS
Valiant durante a batalha
do cabo Matapã, contra os
italianos. As letras HMS
significam "navio de sua
majestade", em inglês.
Philip era responsável
pelos holofotes do navio e
teve seu momento de glória ao acendê-los para o
bombardeio de uma flotilha de cruzadores italianos
pegos de surpresa.
Já um tio de Philip correu risco maior. Lorde
Louis Mountbatten
(1900-1979) comandava o
destróier HMS Kelly, que
foi afundado em ataque
aéreo em torno de Creta
em 1942, forçando o seu
real comandante a nadar
pela vida. Mountbatten foi
morto em outra "guerra",
parecida com a do Iraque
-terroristas do IRA explodiram seu iate em 1979.
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