DA REDAÇÃO

Em seus primeiros comentários públicos sobre a ofensiva militar contra o regime de Saddam Hussein, o papa João Paulo 2º disse que a guerra contra o Iraque é uma ameaça para o "destino da humanidade".
"Quando uma guerra, como a que ocorre atualmente no Iraque, ameaça o destino da humanidade, é urgente que proclamemos, com uma voz forte e decidida, que somente a paz é o caminho a ser seguido para construir uma sociedade mais justa e mais unida. A violência e as armas nunca poderão resolver os problemas dos homens", afirmou o papa.
Com pronunciamentos acalorados e por meio da diplomacia do Vaticano, João Paulo 2º buscou impedir o início da guerra. Desde o início da crise, ele defendeu uma solução pacífica para a questão do desarmamento iraquiano.
Poucas horas depois do início da guerra, na última quinta-feira, o Vaticano expressou uma "dor profunda" com a situação e criticou as partes envolvidas no conflito pelo fracasso da diplomacia. Porém o papa ainda não tinha falado publicamente sobre a guerra até ontem.
Ele também mostrou preocupação com a possibilidade de a guerra minar as relações entre cristãos e muçulmanos.