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São Paulo, domingo, 23 de março de 2003

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Árabes fazem mais manifestações

DA REDAÇÃO

Embora manifestações públicas contra a guerra sejam proibidas na maior parte dos países do golfo Pérsico e do Oriente Médio, o sentimento contra a guerra é forte na região. Ontem, no primeiro dia útil desde o início da ofensiva americana contra o Iraque, as embaixadas e consulados dos EUA permaneceram fechados.
Na Arábia Saudita, onde vivem cerca de 35 mil americanos, os cidadãos dos EUA, inclusive o pessoal diplomático, foi instruído a permanecer dentro de casa, por temor de atentados.
No Iêmen, a Embaixada dos EUA ficou fechada. Dois manifestantes e um policial morreram num protesto na sexta-feira.
Em Bahrein, cerca de 200 estudantes entraram em conflito com a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. Gritos de "morte à América" e "morte a Israel" foram ouvidos perto da Embaixada dos EUA.
Em Omã, a polícia impediu que 400 manifestantes, que gritavam "Bush e Blair são inimigos de Deus", chegassem à Embaixada americana, que estava aberta.
No Cairo (Egito), cerca de 5.000 estudantes se reuniram na universidade de Al Azhar. "Oh, Exército árabe, onde está você?", gritavam, exigindo que os países árabes se unissem para defender o Iraque.
Em Damasco, capital da Síria, cerca de 700 estudantes universitários fizeram uma passeata, na qual os EUA foram o alvo, mas também os regimes árabes moderados. Eles acusaram o rei jordaniano, Abdullah 2º, de ser um "agente americano".
Na Jordânia, cerca de 200 pessoas -a maioria mulheres de preto- fizeram uma vigília.
No Sudão, na África, um estudante universitário de 19 anos foi morto por policiais, afirmaram testemunhas, durante um protesto ontem na capital (Cartum). A polícia não quis comentar os relatos imediatamente.
Nos países muçulmanos da Ásia ocorreram ontem protestos pacíficos contra a ação militar dos EUA. Cerca de 2.000 protestaram em frente à Embaixada dos EUA em Jacarta, capital da Indonésia, o país muçulmano mais populoso do mundo.
Na Malásia, cerca de 8.000 protestaram numa Província. Na capital, autoridades cancelaram manifestações previstas. No Paquistão, cerca de 500 estudantes de escolas islâmicas realizaram passeata em Lahore. Em Karachi, capital comercial do país, bandeiras americanas foram queimadas.
Outros 15 mil muçulmanos participaram de um ato contra a guerra em Calcutá, na Índia. Em Nova Deli, capital indiana, cerca de 5.000 marcharam em direção à Embaixada dos EUA.


Com agências internacionais


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