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São Paulo, domingo, 23 de março de 2003

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Cidade disseminou filosofia grega

DA REDAÇÃO

Bagdá foi a principal cidade onde se produziu conhecimento a partir do início do século 9º. Ali se traduziram para o árabe livros do grego, sânscrito, siríaco e persa.
Foram traduzidas as principais obras de Aristóteles, com comentários neoplatônicos, a maior parte dos estudos médicos de Hipócrates, Galeno e Paulo de Egina e as obras geográfico-astrônomicas de Ptolomeu. Algumas delas (como Almagesto, de Ptolomeu) só sobreviveram em árabe.
Foi em Bagdá que Al Kindi, "o filosofo dos árabes", fundou a filosofia peripatética islâmica e buscou integrar de modo harmonioso ensinamentos islâmicos ao aristotelismo e ao neoplatonismo.
A cidade foi o elo de aproximação entre culturas diversas durante a "era das trevas" na Europa.
Em Bagdá, desenvolveu-se a Bayt al Hikma (Casa da Sabedoria) -centro de tradução e produção científica fundado pelo califa Mamun al Rachid (813-833)-, que abrigou o gigantesco projeto que traduziu tratados estrangeiros de diversas áreas para o árabe (a língua da ciência e da cultura de então) e que renovou todo o conhecimento científico.
As obras de pensadores árabes eram traduzidas para o latim e outras línguas européias e usadas como livros de referência e manuais. Poetas e homens de saber religioso e secular se reuniram em Bagdá nos séculos seguintes, e diferentes tradições culturais se misturaram num processo de enriquecimento mútuo. (PDF)


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