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Sarkozy muda o ministério após derrota em eleições
Alteração no gabinete atinge pastas de Trabalho, Orçamento e Solidariedade
Resultado de pleito regional de domingo é tido como sinal de rejeição às reformas sociais e econômicas do atual governo francês
DA REUTERS
O presidente francês, Nicolas
Sarkozy, anunciou ontem algumas mudanças em seu gabinete, numa tentativa de reagir à
derrota do partido governista
UMP (União por um Movimento Popular, direita) no segundo
turno das eleições regionais
ocorrido no domingo.
O pleito, última consulta popular antes da eleição presidencial de 2012, evidenciou a
rejeição dos projetos de reformas sociais e econômicas do
governo Sarkozy e fortaleceu as
duas correntes oposicionistas
-a esquerda, reunida em torno
de uma ampla coalizão, e a extrema direita xenófoba.
O principal integrante do gabinete a perder o cargo foi um
dos articuladores da reforma
das aposentadorias, o ministro
do Trabalho Xavier Darcos. Ele
será substituído por Eric
Woerth, até então titular da
pasta de Orçamento, e que assumirá também o ministério da
Função Pública (servidores). O
novo ministro do Orçamento é
François Baroin, aliado do ex-presidente Jacques Chirac.
Além do desgaste causado
por meses de tensas negociações com sindicatos, Darcos
perdeu legitimidade por não
conseguir nem sequer se eleger
no seu reduto, a região de Aquitaine (sudoeste) -na França
políticos podem acumular cargos locais e nacionais.
Todos os 20 membros do gabinete que disputaram o pleito
acabaram derrotados.
Também foi demitido Martin Hirsch, alto comissário das
Solidariedades Ativas, símbolo
dos acenos à esquerda no governo Sarkozy. No lugar de
Hirsch assume Marc-Philippe
Daubresse, deputado e secretário-geral adjunto do UMP.
O bloco do UMP venceu em
apenas 3 das 26 regiões francesas, recebendo 35,5% dos votos,
contra 53,8% dos socialistas e
aliados. A ultradireitista Frente
Nacional ficou acima dos 22%
em seus redutos tradicionais. A
participação foi de 51%.
Apesar da derrota, o governo
afirmou que manterá planos de
reforma para atender a necessidade de impulsionar a economia, que recuou 2,1 % em 2009.
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