São Paulo, quinta-feira, 23 de abril de 2009

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100 mil civis fogem da guerra no Sri Lanka

Exército acirra cerco a Tigres Tâmeis, e ONU pede rendição dos rebeldes; ativistas cobram investigações sobre abusos

DA REDAÇÃO

Ataques das Forças Armadas do Sri Lanka aos rebeldes do Tigres Tâmeis provocaram fuga maciça de civis do último reduto controlado pelo grupo separatista, reduzido a 13 km2 no norte da ilha. Segundo o Exército, 100 mil pessoas foram registradas em campos de refugiados nesta semana -embora sejam cidadãos do país, tâmeis vindos da zona conflagrada são retidos para triagem em áreas sob controle militar.
O Conselho de Segurança da ONU exortou os rebeldes a entregarem as armas.
O conflito entre os separatistas tâmeis e o Exército cingalês deixou cerca de 5.000 mortos desde janeiro e forçou 170 mil a deixar suas casas. O número de flagelados anunciado ontem reforça a credibilidade das estimativas de ONGs, antes negadas pelo governo do Sri Lanka, de que ao menos 150 mil civis estivessem sob fogo cruzado.
Tanto rebeldes quanto militares são suspeitos de crimes de guerra, diz a Human Rigths Watch, que cobra investigação ao Conselho de Segurança.
A ofensiva militar contra o Tigres Tâmeis, pioneiros em técnicas de atentados suicidas, tem amplo apoio entre a maioria cingalesa da ilha. O conflito entre os cingaleses, hegemônicos, e os tâmeis já matou mais de 70 mil desde 1983.


Com agências internacionais


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