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GUERRA SEM LIMITES
Líder iraniano ataca moderados
Acusado de apoiar terrorismo, Irã suspende todo diálogo com EUA
DA REDAÇÃO
O relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre
terrorismo divulgado anteontem
provocou reações fortes dos acusados. O líder supremo iraniano,
aiatolá Ali Khamenei, suspendeu
todos os canais de diálogo entre
Teerã e Washington e disse a uma
rádio que "relações com os EUA
são traição ou estupidez".
Para os americanos, o Irã é o
principal Estado a patrocinar o
terrorismo internacional. Os iranianos dariam dinheiro, treinamento, bases e armas para o Hizbollah, grupo extremista islâmico
que atua no Líbano, e para grupos
extremistas palestinos.
A reação de Khamenei tinha um
endereço interno certo: o presidente Mohammad Khatami, que
é a favor do diálogo com Washington. O relatório americano é
elogioso em relação aos reformistas e diz que membros da linha
moderada iraniana trabalham para diminuir a participação do país
em atividades terroristas.
"Os EUA, que apóiam os atos de
terrorismo estatal de Israel -atos
que merecem ser julgados num
tribunal para crimes de guerra-,
não têm o direito de acusar governos populares de terrorismo",
disse Sabah Zanganeh, conselheiro da Chancelaria do Irã.
O Iraque também atacou Washington: "Os EUA ignoram que
sua política externa é o mais ativo
elemento a contribuir com o terrorismo", disse o jornal oficial "Al
Thawra".
Cuba
Além de Irã e Iraque, Síria, Líbia, Sudão, Cuba e Coréia do Norte foram citados na lista de apoiadores do terrorismo no mundo.
O jornal "Granma", porta-voz
oficial do governo cubano, disse
que a "arbitrária inclusão de Cuba
na lista" e as últimas declarações
duras de Bush objetivam "amansar" os cubano-americanos e fazer com que outros cidadãos americanos passem a temer a nação caribenha.
Em Trípoli, capital da Líbia, o
porta-voz da Chancelaria, Hassouna al-Shawish, disse que o país
nunca apoiou o terrorismo: "Na
verdade, foi uma vítima proeminente dele".
"Apesar da grande cooperação
que o Sudão tem mostrado na
tentativa de construir uma confiança mútua com os americanos,
nosso país continua na lista de
apoiadores do terrorismo", lamentou Gotbi Mahdi, assessor do
presidente sudanês, Omar Bashir.
Com agências internacionais
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