São Paulo, quinta-feira, 23 de maio de 2002

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Berlim quebra a tradição e faz ato contra Bush

DA REDAÇÃO

Ao desembarcar em Berlim ontem à tarde, o presidente dos EUA, George W. Bush, foi recepcionado por 20 mil manifestantes protestando contra possível ataque dos EUA ao Iraque e contra as políticas norte-americanas para o comércio, o ambiente e o Oriente Médio.
A segurança armada foi imensa. Dez mil policiais isolaram a área em que Bush circularia. Foram usados cães farejadores, mergulhadores para vasculhar um rio próximo e atiradores.
A marcha acabou tornando-se violenta após o anúncio da chegada de Bush. Houve vários feridos e detidos nos confrontos com a polícia. Pessoas mascaradas ou usando tradicionais lenços palestinos jogaram garrafas e pedras nos policiais.
Historicamente, presidentes norte-americanos são populares na cidade alemã. A simpatia dos berlinenses foi conquistada no cerco de Berlim Ocidental pela URSS, entre 1948 e 1949. Os EUA mantiveram uma ponte aérea para abastecer a cidade.
O presidente mais prestigiado foi John F. Kennedy. Em 1963, ele disse em alemão que era um berlinense.
George W. Bush é o sétimo presidente dos EUA a visitar a cidade desde a Segunda Guerra. Na agenda da sua estadia de 20 horas estava um jantar com o chanceler (premiê) Gerhard Schröder, e um discurso no Parlamento na manhã de hoje.
Bush também visitará a França, a Itália e a Rússia.


Com agências internacionais

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