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Juiz contraria Obama e libera perfuração
Decisão judicial suspende moratória federal sobre exploração submarina de reservas de petróleo e gás natural
Casa Branca recorrerá para manter bloqueio imposto em reação
a vazamento de óleo
de plataforma da BP
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um juiz federal invalidou a
moratória de seis meses imposta pelo presidente Barack
Obama às perfurações petroleiras submarinas desde o começo do megavazamento, no
golfo do México. Washington
já avisou que irá recorrer.
Em decisão divulgada ontem, o juiz Martin Feldman,
de Nova Orleans, não só invalidou a medida como proibiu o Departamento do Interior de colocá-la em prática.
No fim de março, Obama
havia liberado a exploração
de reservas no Atlântico, no
norte do Alasca e no leste do
próprio golfo do México.
Cerca de um mês depois,
porém, ocorreu a explosão
da plataforma da petroleira
BP que deixou 11 mortos e
iniciou um megavazamento
de petróleo, considerado a
pior tragédia ambiental da
história americana.
Desde a explosão, teriam
vazado entre 257 e 480 milhões de litros de petróleo.
O pedido de suspensão da
moratória foi movido por empresas que prestam serviços
para as petroleiras.
O juiz afirma, no texto, que
o vazamento é um "desastre
sem precedentes, triste, feio
e desumano", mas pondera
que o governo parece ter sido
pressionado a estabelecer
que "toda perfuração no golfo nos põe sob a ameaça de
um dano irreparável".
Pela decisão, o governo fica proibido de aplicar a sua
moratória até um julgamento, ainda sem data.
"É a coisa certa a se fazer,
não só pela indústria, mas
pelo país", disse Todd Hornbeck, CEO de uma das companhias autoras do processo.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que
Obama acredita "não fazer
sentido" continuar perfurando sem saber o que aconteceu na plataforma da BP, e o
Departamento do Interior argumentou que uma segunda
explosão "arrasaria os esforços de reagir ao desastre".
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