|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PARAGUAI
Movimento visa pressionar por renúncia do presidente González Macchi
Oviedistas criam frente política
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O seguidores do ex-general Lino
Oviedo e o grupo do vice-presidente paraguaio, Julio César
Franco, criaram na sexta-feira a
Frente Nacional -um novo movimento que visa pressionar pela
renúncia do presidente Luiz González Macchi.
O primeiro ato da frente está
marcado para o dia 15 de agosto e
foi definido como uma ""megamobilização" na reunião inaugural da frente, sexta-feira, em Coronel Oviedo (Paraguai).
Os oviedistas tentam desvincular o ex-general do movimento,
pois ele está proibido de liderar
qualquer ato político no Brasil,
onde está exilado. Na semana
passada, quando houve mortes
em atos pró-Oviedo, ele foi chamado a se explicar para o governo
brasileiro.
Integrante do Partido Liberal, o
vice-presidente Franco disse que
seguirá apoiando as manifestações, mesmo que teoricamente
integre o governo de Macchi.
""Prefiro estar ao lado do povo do
que com os que o humilham e o
fazem passar fome", disse ""Yoyito", como é conhecido.
Ele preferiu não fazer menção
ao ato do dia 15.
O Partido Liberal tem o apoio
da Unace (agremiação criada a
partir da ala oviedista que deixou
o Partido Colorado). Em eleições
específicas para o cargo de vice-presidente, ""Yoyito" teve suporte
no movimento.
A eleição para vice ocorreu porque Macchi era presidente do Senado e assumiu com o assassinato
do vice-presidente Luis María Argaña em 1999. Oviedo e o então
presidente, Raúl Cubas Grau, foram acusados de orquestrar a
morte e se exilaram no Brasil. Em
fevereiro, Cubas Grau voltou para
o Paraguai, onde se entregou às
autoridades e foi preso.
O liberal Hermes Saguier afirmou que serão convidados líderes
de outros países -""incluindo do
Mercosul"- e que já conta com o
comprometimento de brasileiros
e argentinos.
O deputado oviedista Luis Felipe Villamayor afirmou que Oviedo não está por trás da mobilização para o dia 15. Segundo Villamayor, o ex-general recebe constantemente, no Brasil, reclamações sobre presos e feridos em razão das manifestações ocorridas
na semana passada.
Villamayor diz que não haverá
mobilizações antes do dia 15.
Mesmo assim, militares e policiais
estão em estado de alerta e comerciantes mantêm lojas fechadas em
alguns municípios paraguaios.
Texto Anterior: Ex-presidente vai processar diário por 'calúnia' Próximo Texto: Oriente Médio: Israel ataca casa de líder do Hamas e mata 11 Índice
|