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Casos de abusos superam estimativas, diz Exército
DA REDAÇÃO
Uma investigação conduzida
pelo Exército dos EUA identificou
94 casos confirmados ou suspeitos de abusos de prisioneiros por
soldados americanos no Iraque e
no Afeganistão desde 2001, mostrou um relatório divulgado ontem. O número supera qualquer
estimativa anterior, mas o relatório afirma que os maus-tratos não
são um padrão entre as tropas.
Após a apresentação do documento, o chefe do Estado-Maior
do Exército, general Peter Schoomaker, declarou que as violações
eram "compreensíveis, mas não
perdoáveis". "Isso aconteceu no
meio de uma algazarra", disse.
O documento do Exército afirma que os casos são isolados e que
não foram identificadas falhas sistêmicas às quais possam ser atribuídas as violações. Mas critica a
comunicação do comando com
os recrutas, além de recomendar
com urgência a melhora do treinamento e do monitoramento
dos interrogatórios no exterior.
Senadores democratas (oposição) apontaram deficiências no
treinamento militar e pontos inconsistentes na doutrina citada
no relatório. "É difícil crer que
não haja problemas sistêmicos
em nossas operações de prisão e
interrogatório", disse o senador
Carl Levin, líder democrata na
Comissão de Serviços Armados.
Tanto o general Schoomaker
quanto o secretário em exercício
do Exército aceitaram a responsabilidade pelos abusos, mas reiteraram que as violações cometidas
por recrutas ou oficiais subalternos não tiveram anuência dos comandantes. "Essas ações, embora
lamentáveis, são aberrações", disse o secretário Les Brownlee.
O escândalo dos maus-tratos estourou no fim de abril, quando
vieram à tona centenas de fotos tiradas pelos guardas americanos
na prisão bagdali de Abu Ghraib.
Nas imagens, eles surgiam batendo ou humilhando prisioneiros.
Desde então, sete soldados foram indiciados. O único já levado
a julgamento, Jeremy Sivits, foi
condenado a um ano de prisão e
expulso do Exército.
Com agências internacionais
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