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Lula pede liderança
da ONU na pacificação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva defendeu, em entrevista
ontem a correspondentes estrangeiros, a criação de uma força de
pacificação do Iraque, com a participação dos iraquianos e sob o
comando da ONU. "Manter o
Exército americano de forma unilateral pode ser um grande erro",
disse ele, segundo a France Presse.
A seu ver, as "interferências"
dos EUA no Iraque não são viáveis, já que agora a solução é política, e não militar. "Um erro não
justifica outro", afirmou, referindo-se à presença militar de Reino
Unido e EUA naquele país.
Lula lembrou que não se confirmaram as razões da coalizão anglo-americana para invadir o Iraque, como a existência de armas
de destruição em massa. O Brasil
se opôs à invasão sem o aval do
Conselho de Segurança da ONU.
Com a guerra, Lula acredita que a
organização internacional tenha
sido enfraquecida.
Lula descartou a possibilidade
de o Brasil enviar tropas para uma
eventual força de paz no Iraque,
argumentando que já morreu um
brasileiro (Sérgio Vieira de Mello)
que estava lá trabalhando pela pacificação do país.
O presidente voltou a defender
a ampliação do Conselho de Segurança e lembrou que o Brasil
reivindica uma vaga entre os
membros permanentes (que têm
poder de veto). "É fundamental
que aprofundemos na discussão
da composição do Conselho de
Segurança", disse.
O presidente reafirmou que o
governo brasileiro não decidiu se
vai ou não renovar o acordo com
o FMI (Fundo Monetário Internacional), como havia dito em entrevista concedida a jornalistas
brasileiros na última terça-feira.
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