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PAQUISTÃO
Presidente teria que deixar a farda para se aliar à oposição
DA REDAÇÃO
A ex-premiê do Paquistão
Benazir Bhutto detalhou pela primeira vez o plano de
aliança com Musharraf, que
poderá manter no país um
governo alinhado aos EUA. O
acordo prevê a possibilidade
de eleição de ex-premiês e
suspensão dos processos
contra Bhutto. O general,
que aspira a um novo mandato, teria ainda que deixar o
exército. Musharraf não comentou as declarações.
Os ex-premiês Bhutto e
Nawaz Sharif, da Liga Muçulmana, lideram seus partidos e são fortes candidatos à
sucessão. Ambos participam
da Aliança para a Restauração Democrática (ARD) e juraram voltar do exílio em
2007. Com a aproximação de
Bhutto e Musharraf, porém,
a frágil aliança entre eles se
desfez. O site da liga chama o
encontro entre a dirigente do
Partido do Povo Paquistanês
(PPP) e o general, realizado a
portas fechadas em julho, de
"derrota da democracia", e
Sharif passou a denuncia a
intenção do PPP de isolar os
partidos nacionalistas na
aliança da oposição.
A ruptura do PPP com os
nacionalistas reforça suas relações com o regime -altamente desejáveis para os
EUA, que idealizam um acordo entre o laico PPP e Musharraf. É incerto, porém, se
uma eventual base governista poderia prescindir do
apoio da Liga Muçulmana.
O mandato de Musharraf
termina em 2007 e o do Parlamento, que elege o chefe do
governo, expira em outubro.
Caso não sejam estabelecidas regras sobre o próximo
pleito, o país entrará em um
vácuo político -cenário propício a um novo golpe.
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