DA REDAÇÃO

A Otan (aliança militar ocidental, liderada pelos EUA) concordou ontem em criar uma academia de treinamento militar perto de Bagdá, expandindo sua presença no Iraque de 40 para cerca de 300 militares.
"Embaixadores da Otan concordaram em aumentar sua assistência ao governo do Iraque no treinamento de suas forças de segurança", disse o porta-voz da organização, James Appathurai.
Appathurai ressaltou que o papel da Otan será apenas de treinamento, sem participação em combate. Ele afirmou que a missão, com início ainda indefinido, vai receber proteção e auxílio da força liderada pelos EUA.
França, Alemanha, Bélgica e Espanha, contrários à Guerra do Iraque, afirmaram que não enviarão oficiais seus na missão e pediram garantias de que os custos recaiam apenas sobre os países participantes.
"Os EUA estão orgulhosos de conduzir, com seus aliados, a expansão da missão no Iraque", disse o embaixador americano na Otan, Nicholas Burns. Segundo ele, Washington está pronto para oferecer "recursos financeiros e outros consideráveis".
O objetivo é treinar oficiais iraquianos de alta e média graduação -parte dos quais poderá receber treinamento em países vizinhos, como os Emirados Árabes.
"Essa assistência deve ser orientada a ajudar o Iraque a construir sua capacidade de atender às necessidades de segurança", disse Appathurai. A preocupação é combater a onda de violência e garantir que as eleições marcadas para janeiro ocorram no prazo.