São Paulo, terça-feira, 23 de outubro de 2007

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Novo governo da Polônia busca aliança contra vetos

Oposição, vitoriosa, tem de enfrentar o presidente

DA REDAÇÃO

O Plataforma Cívica, partido de oposição que venceu as eleições parlamentares de anteontem na Polônia, já começou a amarrar uma coalizão.
Segundo resultado divulgado com 99% dos votos apurados, o Plataforma Cívica, de centro-direita, ficou com 41,4% das 460 cadeiras do Parlamento, contra 32,2% do partido governista, o Lei e Justiça. Em terceiro lugar ficou a coalizão Esquerda e Democratas, que abriga os ex-comunistas, com 13%.
O premiê Jaroslaw Kaczynski, que culpou a mídia por sua derrota, deixa assim o cargo, muito provavelmente sendo substituído pelo líder da oposição, Donald Tusk. Já seu irmão gêmeo, Lech, permanecerá na Presidência até 2010 -por isso o Plataforma Cívica tenta uma aliança com o Partido dos Camponeses, quarto colocado na votação, o que daria ao novo governo capacidade de derrubar os vetos do presidente.
Com a derrota dos gêmeos Kaczynski, a Polônia põe fim a um governo de direita que prometeu combater a corrupção e empenhou-se em perseguir ex-comunistas. No campo das relações exteriores, os gêmeos aproximaram-se dos EUA, aceitando a instalação em seu país de parte de um escudo antimísseis que é foco de atrito entre Washington e Moscou, e se indispuseram com a União Européia em vários aspectos.
Já o partido que assume o governo promete mais proximidade com a UE. Sobre o escudo antimísseis, a liderança do Plataforma Cívica diz que haverá mais rigor na exigência de contrapartidas dos EUA. O novo governo quer também que os 900 soldados poloneses no Iraque saiam ainda neste ano.
O secretário da Defesa dos EUA, Robert Gates, afirmou porém esperar que siga a cooperação entre seu país e a Polônia quanto aos dois temas.


Com agências internacionais e o "Financial Times"


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