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Novo governo da Polônia busca aliança contra vetos
Oposição, vitoriosa, tem de enfrentar o presidente
DA REDAÇÃO
O Plataforma Cívica, partido
de oposição que venceu as eleições parlamentares de anteontem na Polônia, já começou a
amarrar uma coalizão.
Segundo resultado divulgado
com 99% dos votos apurados, o
Plataforma Cívica, de centro-direita, ficou com 41,4% das
460 cadeiras do Parlamento,
contra 32,2% do partido governista, o Lei e Justiça. Em terceiro lugar ficou a coalizão Esquerda e Democratas, que abriga os ex-comunistas, com 13%.
O premiê Jaroslaw Kaczynski, que culpou a mídia por sua
derrota, deixa assim o cargo,
muito provavelmente sendo
substituído pelo líder da oposição, Donald Tusk. Já seu irmão
gêmeo, Lech, permanecerá na
Presidência até 2010 -por isso
o Plataforma Cívica tenta uma
aliança com o Partido dos Camponeses, quarto colocado na
votação, o que daria ao novo governo capacidade de derrubar
os vetos do presidente.
Com a derrota dos gêmeos
Kaczynski, a Polônia põe fim a
um governo de direita que prometeu combater a corrupção e
empenhou-se em perseguir ex-comunistas. No campo das relações exteriores, os gêmeos
aproximaram-se dos EUA,
aceitando a instalação em seu
país de parte de um escudo antimísseis que é foco de atrito
entre Washington e Moscou, e
se indispuseram com a União
Européia em vários aspectos.
Já o partido que assume o governo promete mais proximidade com a UE. Sobre o escudo
antimísseis, a liderança do Plataforma Cívica diz que haverá
mais rigor na exigência de contrapartidas dos EUA. O novo
governo quer também que os
900 soldados poloneses no Iraque saiam ainda neste ano.
O secretário da Defesa dos
EUA, Robert Gates, afirmou
porém esperar que siga a cooperação entre seu país e a Polônia quanto aos dois temas.
Com agências internacionais e o
"Financial Times"
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