DE BUENOS AIRES

O deputado e ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner (2003-2007), marido da atual presidente, Cristina Kirchner, acusou ontem o Grupo Clarín de "desinformar e faltar com a verdade", com o objetivo de "proscrever alguns, para evitar que se aprofunde o processo de transformação".
Kirchner aludiu às críticas feitas ao juiz que anteontem inocentou o casal presidencial de enriquecimento ilícito -seu patrimônio cresceu 158% em 2008.
"Se os juízes fazem o que o Grupo Clarín quer, está bem. Se não fazem o que eles querem, são maus, corruptos."
O Grupo Clarín obteve na semana passada vitória judicial contra a Lei de Serviços Audiovisuais promulgada por Cristina, que o obrigaria a reduzir negócios em TV.
Dois juízes acataram medidas contra a lei. O chefe de gabinete presidencial, Aníbal Fernández, disse que o governo recorrerá de todas as decisões contrárias à lei. "Não esperamos que os monopólios que [sempre] fizeram o que quiseram acatem [a lei] mansamente."
(SILVANA ARANTES)


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