São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 2006

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Blair descarta negociar a paz com terroristas

DA REDAÇÃO

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou ontem ser difícil imaginar que o Ocidente aceite negociar com o Hamas, caso o grupo islâmico passe a integrar o governo palestino. O diálogo será possível apenas se o grupo renunciar abertamente ao terrorismo.
"É bastante difícil para nós nos imaginarmos na posição de negociadores e conversarmos com o Hamas, a não ser que haja uma renúncia clara ao terrorismo", afirmou em entrevista.
Ele não adiantou qual seria a reação britânica à presença de ministros do Hamas no governo palestino. Mas afirmou que "toda e qualquer organização deve optar pelo plano da violência ou pelo plano da política". Ele acrescentou que o plano da violência não leva a lugar nenhum.
Em Washington, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse que seu país teria problemas para se relacionar com o Hamas, pois o grupo ainda não reconheceu Israel e não renunciou à prática da violência.
"Não é possível ter um pé na política e o outro no terrorismo. Isso simplesmente não funciona", afirmou a secretária de Estado.
Também ontem, a ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, disse que as eleições palestinas se destinavam a dar legitimidade ao objetivo de desarmar milícias e grupos terroristas, e não a "criar uma situação em que essas organizações se tornarão parte do Executivo".
Ela disse que seria inaceitável para Israel a existência de um grupo que atuasse com dois braços, um político e um terrorista, movimentando-se paralelamente.


Com agências internacionais

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