São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 2006

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Ministro promete relação "especial" com a empresa

DO ENVIADO A LA PAZ

Apesar de ser sido um duro crítico da atuação da Petrobras no país, o novo ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Andres Soliz Rada, prometeu uma relação "absolutamente especial" com a estatal brasileira.
"Não podemos cair no erro de tratar todas as empresas por igual. Há uma Câmara Nacional de Hidrocarbonetos que agrupa essas empresas. Para nós, para mim em particular, a câmara não é um interlocutor. Para nós, o interlocutor será empresa por empresa", disse.
"A Petrobras é um caso absolutamente especial. Porque há uma relação diferente em comparação com outras empresas. Com a Petrobras, haverá acordos, há acordos que já foram preparados na viagem do Evo [Morales]. E, sobre essa base, vamos discutir uma política especial para a Petrobras", continuou o ex-jornalista Soliz Rada, um dos mais radicais sobre o tema de gás entre os apoiadores de Morales.
Sua descrição sobre o teor da visita de Morales ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Brasília contradiz a versão ouvida pela Folha por testemunhas do encontro. Eles disseram que a visita foi "cordial", mas sem novidades com relação às atividades da Petrobras na Bolívia.
Em artigo publicado em outubro do ano passado, Soliz Rada acusou o Brasil de não cumprir promessas com a Bolívia e a Petrobras de desmantelar a estatal boliviano do petróleo, YPFB. No passado, o ex-parlamentar foi crítico da construção do gasoduto Brasil-Bolívia.
À Folha o ministro de Planejamento, Carlos Villegas, disse que La Paz criará comissões para negociar com cada uma das petrolíferas, sem participação da Câmara dos Hidrocarbonetos. (FM)


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