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Rumsfeld defende eliminação de Saddam e admite forte resistência
DA REDAÇÃO
O secretário da Defesa dos
EUA, Donald Rumsfeld, afirmou
ontem que a morte de Saddam
Hussein seria um bom começo
para mudar o regime de governo
iraquiano. A declaração foi dada
ao "Face the Nation", da rede
americana CBS -Rumsfeld compareceu a dois programas de TV
na manhã de ontem para falar sobre o ataque ao Iraque.
"Seria, sem dúvida, uma boa alternativa", declarou o secretário,
quando questionado sobre a possível morte de Saddam.
O secretário da Defesa afirmou,
entretanto, não ter informações
sobre o paradeiro e o estado de
saúde do ditador.
"Há relatos em Bagdá e no resto
do Iraque de que ele [Saddam]
pode estar morto ou ferido", comentou Rumsfeld. "Mas nada está confirmado e só podemos concluir que ele está vivo e bem",
completou.
Rumsfeld disse também que, se
os EUA soubessem que Saddam
está morto, não teriam motivos
para esconder tal fato.
Progressos
Mais tarde, em entrevista a outra rede americana, a NBC, o secretário definiu como "excelente"
o desempenho das forças anglo-americanas até agora no conflito.
"Apesar de o coração ficar em
pedaços quando há um incidente
com fogo amigo ou quando alguém morre ou é tomado prisioneiro, o progresso geral é excelente", declarou o secretário.
Rumsfeld também analisou a
oposição iraquiana: "Há momentos em que a resistência é muito
dura. Mas o fato é que há uma
guerra lá, e ninguém poderia ficar
surpreso [com essa resistência]".
Rumsfeld disse, ainda na NBC,
que é natural que os combates fiquem mais intensos: "Quanto
mais próximos ficamos de Bagdá,
maior é a pressão. E mais homens
devem se voltar contra nós", analisou o secretário.
Indagado sobre o fato de, até
aquele momento, as tropas dos
EUA não terem encontrado armas de destruição em massa,
Rumsfeld declarou que os soldados ainda "não estão envolvidos
nesse negócio" de procurar tais
armas porque "estão lutando em
uma guerra".
"A CIA já havia reunido muita
informação sobre armas de destruição em massa e o Iraque", disse Rumsfeld.
Horas mais tarde, forças americanas relataram ter achado os primeiros indícios desse tipo de armamento em uma cidade ao sul
de Bagdá.
Com agências internacionais
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