DE NOVA YORK

A atmosfera festiva da sanção da reforma refletiu-se em momentos de abandono da formalidade do discurso. O principal deles protagonizado pelo vice-presidente dos EUA, Joe Biden, que, ao passar a palavra a Barack Obama, o congratulou e disse, ao seu ouvido: "This is a big fucking deal", algo como "esse é um puta momento".
O microfone ampliou o comentário pessoal, e logo a mídia americana se encarregava de reproduzi-lo, omitindo o palavrão, que se espalhou pela web. Até o fechamento desta edição, Biden não havia falado sobre a cena. Mas, no Twitter, o porta-voz da Presidência, Robert Gibbs, demonstrou seu apoio: "E, sim, sr. vice-presidente, você tem razão".
A aprovação da reforma, segundo disse o próprio Gibbs, é tida como mais importante para Obama do que a vitória nas eleições.
Em seu discurso de ontem, o presidente ouviu ainda um grito bem-humorado de um congressista ao dizer que a reforma "é um fruto da liderança histórica, da coragem incomum dos homens e das mulheres do Congresso, que sofreram duras críticas durante esse difícil debate".
Nesse momento, o deputado democrata Gary Ackerman gritou "Yes, we did" (sim, nós sofremos, numa paródia ao "Yes, we can" -sim, nós podemos-, bordão da campanha de Obama). O presidente soltou uma gargalhada e voltou ao discurso.


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