|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAIBA MAIS
Polêmica entre Boff e Ratzinger vem dos anos 80
DA SUCURSAL DO RIO
Envolvidos no debate sobre o livro "Igreja: Carisma e Poder", que
motivou a censura e o silêncio obsequioso impostos a Leonardo
Boff em 1985, apresentam versões
diferentes sobre o processo que o
teólogo sofreu em Roma, levado à
frente pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé,
cardeal Joseph Ratzinger.
A obra foi criticada por supostamente desvirtuar o cristianismo e
desrespeitar a igreja ao usar conceitos marxistas. D. Karl Josef Romer, hoje secretário do Pontifício
Conselho para a Família em Roma, na época presidia a comissão
da arquidiocese do Rio para a
Doutrina da Fé e fez publicar em
1982, no "Boletim da Revista do
Clero", veículo oficial da arquidiocese, duras críticas ao livro pelo teólogo Urbano Zilles. Boff rebate as acusações no boletim de
abril. A defesa é publicada com
uma réplica de Ziller e de outro
texto crítico ao livro de Romer. A
Boff é negado a tréplica.
O cardeal d. Eugenio Sales diz
que foi reclamando direito a outro texto que Boff procurou Roma
e precipitou o processo. Boff nega
e diz que a Congregação para a
Doutrina da Fé "agiu por própria
iniciativa", mas admite que enviou "todo o material" a Ratzinger.
(RF)
Texto Anterior: Para Boff, Bento 16 pode trazer "obscurantismo generalizado" Próximo Texto: Para especialistas, continuísmo afastará brasileiros Índice
|