São Paulo, domingo, 24 de abril de 2005

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Polêmica entre Boff e Ratzinger vem dos anos 80

DA SUCURSAL DO RIO

Envolvidos no debate sobre o livro "Igreja: Carisma e Poder", que motivou a censura e o silêncio obsequioso impostos a Leonardo Boff em 1985, apresentam versões diferentes sobre o processo que o teólogo sofreu em Roma, levado à frente pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Joseph Ratzinger.
A obra foi criticada por supostamente desvirtuar o cristianismo e desrespeitar a igreja ao usar conceitos marxistas. D. Karl Josef Romer, hoje secretário do Pontifício Conselho para a Família em Roma, na época presidia a comissão da arquidiocese do Rio para a Doutrina da Fé e fez publicar em 1982, no "Boletim da Revista do Clero", veículo oficial da arquidiocese, duras críticas ao livro pelo teólogo Urbano Zilles. Boff rebate as acusações no boletim de abril. A defesa é publicada com uma réplica de Ziller e de outro texto crítico ao livro de Romer. A Boff é negado a tréplica.
O cardeal d. Eugenio Sales diz que foi reclamando direito a outro texto que Boff procurou Roma e precipitou o processo. Boff nega e diz que a Congregação para a Doutrina da Fé "agiu por própria iniciativa", mas admite que enviou "todo o material" a Ratzinger. (RF)

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