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Processo no CE é pela reabilitação
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Nascido no Crato em 1844, Cícero Romão Batista transformou
sozinho o então vilarejo de Juazeiro do Norte (CE) no principal
centro de religiosidade no Nordeste, irritando a igreja, que o
considerava poderoso demais.
Mesmo renegado pela Santa Sé,
padre Cícero mobiliza, ainda hoje, cerca de 2 milhões de fiéis por
ano na cidade.
Na "meca" do culto a padre Cícero, há uma estátua dele com 27
metros de altura, no alto da serra
do Horto, a capela onde ele foi enterrado, a igreja onde rezava as
missas e um museu que o reproduz em tamanho natural e que
guarda milhares de ex-votos como pagamento de promessas.
A fama de padre Cícero como
milagroso começou com o chamado "Milagre de Juazeiro": em
1889, quando dava comunhão a
beatas, a hóstia teria se transformado em sangue na boca de uma
delas, Maria de Araújo, uma mulher negra e pobre.
A fúria com que o tal milagre foi
recebido pela cúpula da igreja foi
tamanha que, anos mais tarde, a
beata foi enclausurada, morreu e
seus restos mortais nunca foram
encontrados.
Padre Cícero, por sua vez, foi
proibido de rezar missas, depois
excomungado e, por fim, após ser
perdoado, teve sua ordem suspensa, impedido de ser padre até
o final da vida. Ele morreu aos 90
anos, sem nunca desistir de ser
reabilitado. O processo em curso
agora na diocese do Crato é justamente para tentar reabilitá-lo.
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