São Paulo, domingo, 24 de agosto de 2008

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Atentados e combates entre Exército e Taleban matam 50 no Paquistão

Semana após renúncia de Musharraf foi a mais violenta desde posse de civis

DA REDAÇÃO

O Paquistão sofreu ontem novos ataques, com ao menos 50 mortos em atentados do Taleban e combates do Exército contra a insurgência no vale do Swat, região volátil próxima à fronteira com o Afeganistão. Os ataques aumentam a instabilidade no país, em meio a incertezas sobre o futuro da coalizão governista, dividida sobre a sucessão de Pervez Musharraf, que renunciou na segunda.
O breve cessar-fogo declarado pelo Taleban após a posse do governo civil -que assumiu há cinco meses propondo diálogo para pôr fim à violência- foi interrompido em junho. Os ataques recrudesceram nesta semana, a mais violenta desde a posse do governo civil.
Ontem, um veículo com explosivos foi lançado contra o posto de polícia de Charbagh, no Swat. O atentado, reivindicado pelo Taleban, matou pelo menos nove pessoas, seis delas policiais. Os mortos podem chegar a 18, segundo o governo. Um segundo atentado, em Abuha, atingiu um posto policial e matou três civis.
O Exército voltou a se envolver em combates com os guerrilheiros do Taleban na Província da Fronteira do Noroeste, onde 37 insurgentes e dois soldados morreram ontem, segundo os militares.
No plano político, Asif Zardari, viúvo da ex-premiê assassinada Benazir Bhutto, anunciou ontem que aceita ser candidato do PPP (Partido do Povo Paquistanês) na eleição presidencial do dia 6 de setembro.


Com agências internacionais


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