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Lula volta a convidar Bush a visitar o Brasil
DE NOVA YORK
O presidente Luiz Inácio
Lula de Silva convidou o presidente norte-americano,
George W. Bush, para uma
visita ao Brasil.
O convite foi feito num almoço oferecido pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a chefes de Estado e de
governo dos países-membros da organização.
Segundo o ministro Celso
Amorim (Relações Exteriores), o convite, que já havia
sido feito antes, foi bem acolhido por Bush, que disse
"estar precisando de uns
dias de descanso".
Mas Amorim afirmou que
não há definição a respeito
da data da visita e se ela terá
caráter oficial ou não.
No encontro entre os dois
presidentes, outros temas
menos amenos também foram discutidos.
O ministro das Relações
Exteriores afirmou que Lula
comentou com Bush que foi
surpreendido por recentes
declarações do governo
americano acusando o Brasil
de ser intransigente em negociações internacionais. Segundo Lula, Brasil e EUA
têm interesses comuns na
maioria dos temas da agenda comercial.
Ambos também concordaram que o impasse na rodada da OMC (Organização
Mundial do Comércio), em
Cancún, não deve impedir
uma retomada das negociações entre os dois países.
Grupo do Rio
Antes do almoço organizado por Annan, Lula se reuniu com o chanceler da Alemanha, Gehard Schröder.
O chefe de governo alemão
expressou apoio a uma
eventual entrada do Brasil
como membro permanente
do Conselho de Segurança.
O chanceler alemão também
foi convidado a visitar o país.
À tarde, Lula ainda se encontrou com o Grupo do
Rio, que reúne países da
América Latina. Participaram da reunião o presidente
do Peru, Alejandro Toledo, e
a vice-presidente da Cosa Rica, Linette Savorio. Depois,
Lula se encontrou com os
presidentes paraguaio, Nicanor Duarte, e moçambicano,
Joaquim Chissano.
Sobre os discursos de ontem, Celso Amorim disse
que a delegação brasileira
saudou com entusiasmo o
discurso do secretário-geral.
Para o Brasil, a forma como
Annan tratou de questões
como reforma do Conselho
de Segurança e defesa do
multilateralismo vão ao encontro das aspirações brasileiras. Já o discurso de Bush,
na avaliação de Amorim,
não trouxe novidade.
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