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São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2003

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Lula volta a convidar Bush a visitar o Brasil

DE NOVA YORK

O presidente Luiz Inácio Lula de Silva convidou o presidente norte-americano, George W. Bush, para uma visita ao Brasil.
O convite foi feito num almoço oferecido pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a chefes de Estado e de governo dos países-membros da organização.
Segundo o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), o convite, que já havia sido feito antes, foi bem acolhido por Bush, que disse "estar precisando de uns dias de descanso".
Mas Amorim afirmou que não há definição a respeito da data da visita e se ela terá caráter oficial ou não.
No encontro entre os dois presidentes, outros temas menos amenos também foram discutidos.
O ministro das Relações Exteriores afirmou que Lula comentou com Bush que foi surpreendido por recentes declarações do governo americano acusando o Brasil de ser intransigente em negociações internacionais. Segundo Lula, Brasil e EUA têm interesses comuns na maioria dos temas da agenda comercial.
Ambos também concordaram que o impasse na rodada da OMC (Organização Mundial do Comércio), em Cancún, não deve impedir uma retomada das negociações entre os dois países.

Grupo do Rio
Antes do almoço organizado por Annan, Lula se reuniu com o chanceler da Alemanha, Gehard Schröder.
O chefe de governo alemão expressou apoio a uma eventual entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança. O chanceler alemão também foi convidado a visitar o país.
À tarde, Lula ainda se encontrou com o Grupo do Rio, que reúne países da América Latina. Participaram da reunião o presidente do Peru, Alejandro Toledo, e a vice-presidente da Cosa Rica, Linette Savorio. Depois, Lula se encontrou com os presidentes paraguaio, Nicanor Duarte, e moçambicano, Joaquim Chissano.
Sobre os discursos de ontem, Celso Amorim disse que a delegação brasileira saudou com entusiasmo o discurso do secretário-geral. Para o Brasil, a forma como Annan tratou de questões como reforma do Conselho de Segurança e defesa do multilateralismo vão ao encontro das aspirações brasileiras. Já o discurso de Bush, na avaliação de Amorim, não trouxe novidade.


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