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França apóia "Fome Zero mundial"
DE NOVA YORK
A proposta de criação de um
Comitê Mundial de Combate à
Fome, feita na abertura da Assembléia Geral da ONU pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é
apoiada pela França.
"Já havia conversado com o
presidente Lula sobre esse tema
na véspera da abertura da Assembléia Geral. Aprovo 100% a iniciativa do presidente brasileiro. A
França se juntaria imediatamente
à criação desse comitê", afirmou,
em entrevista, o presidente francês, Jacques Chirac.
Chirac sugeriu também a fonte
de recursos para financiar o projeto: "a taxação de lucros gerados
pela globalização".
Os mecanismos para a alocação
desses recursos e a forma de recolhimento do tributo a ser criado
ainda seriam, na avaliação do presidente da França, alvo de conversas posteriores.
O presidente da França declarou também que uma eventual reforma no Conselho de Segurança
da ONU deve considerar "seriamente" a inclusão de países como
o Brasil, a Índia, o Japão e a Alemanha como membros permanentes.
O Brasil pleiteia uma vaga no
conselho. "Hoje temos uma nova
realidade. São 191 países na ONU.
Na época da sua criação, eram 51.
O Conselho perdeu a sua representatividade. É necessária uma
reforma urgente e o Brasil e a Índia, por suas dimensões e importância, deveriam ser considerados", afirmou Chirac.
A reforma do Conselho de Segurança também foi endossada
pelo representante permanente
do Brasil na ONU, Ronaldo Sardenberg.
"Este é um momento delicado
da vida internacional. Essa Assembléia é crucial para o rumo
das Nações Unidas. Pode ser um
divisor de águas. Hoje temos uma
situação distinta. Em 1945, só havia 51 países, hoje são 191. É preciso uma reavaliação do Conselho
de Segurança", afirmou o diplomata brasileiro.
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