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São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2003

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França apóia "Fome Zero mundial"

DE NOVA YORK

A proposta de criação de um Comitê Mundial de Combate à Fome, feita na abertura da Assembléia Geral da ONU pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é apoiada pela França.
"Já havia conversado com o presidente Lula sobre esse tema na véspera da abertura da Assembléia Geral. Aprovo 100% a iniciativa do presidente brasileiro. A França se juntaria imediatamente à criação desse comitê", afirmou, em entrevista, o presidente francês, Jacques Chirac.
Chirac sugeriu também a fonte de recursos para financiar o projeto: "a taxação de lucros gerados pela globalização".
Os mecanismos para a alocação desses recursos e a forma de recolhimento do tributo a ser criado ainda seriam, na avaliação do presidente da França, alvo de conversas posteriores.
O presidente da França declarou também que uma eventual reforma no Conselho de Segurança da ONU deve considerar "seriamente" a inclusão de países como o Brasil, a Índia, o Japão e a Alemanha como membros permanentes.
O Brasil pleiteia uma vaga no conselho. "Hoje temos uma nova realidade. São 191 países na ONU. Na época da sua criação, eram 51. O Conselho perdeu a sua representatividade. É necessária uma reforma urgente e o Brasil e a Índia, por suas dimensões e importância, deveriam ser considerados", afirmou Chirac.
A reforma do Conselho de Segurança também foi endossada pelo representante permanente do Brasil na ONU, Ronaldo Sardenberg.
"Este é um momento delicado da vida internacional. Essa Assembléia é crucial para o rumo das Nações Unidas. Pode ser um divisor de águas. Hoje temos uma situação distinta. Em 1945, só havia 51 países, hoje são 191. É preciso uma reavaliação do Conselho de Segurança", afirmou o diplomata brasileiro.


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