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São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2003

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Soldados americanos matam três iraquianos e prendem fotógrafo

DA REDAÇÃO

Três iraquianos foram mortos e outros três foram feridos ontem em um ataque de helicópteros americanos a um vilarejo a oeste de Bagdá. O incidente ocorreu na região do Triângulo Sunita, foco de tensão com soldados dos EUA.
O saldo de mortos foi informado por moradores do povoado, que fica 15 km ao norte de Fallujah -uma das cidades mais turbulentas do pós-guerra. As forças americanas confirmaram o ataque, no qual foram usados foguetes, e uma das mortes, a qual alegam tratar-se de um "guerrilheiro". Segundo testemunhas, tratava-se de civis.
O incidente ocorreu depois que uma patrulha americana foi emboscada na região. Perseguidos, os suspeitos correram para uma fazenda no vilarejo de Sajr. O soldados pediram reforço a helicópteros, que chegaram atacando.
"Nunca houve problemas em nosso povoado, os americanos nunca entraram aqui", disse o sargento da reserva iraquiana Abed Rasheed, um dos feridos.
Em Bagdá, soldados americanos prenderam por engano um fotógrafo da Associated Press, Karim Kadim, e seu motorista, Mohammed Abbas. Os dois foram algemados e mantidos em pé sob a mira de armas por três horas, sem direito a um telefonema nem a água, apesar do calor de 43C. Depois, foram levados até uma base americana, onde receberam pedidos de desculpas.
Na cidade sagrada de Najaf (sul), os fuzileiros navais americanos entregaram o controle para uma força multinacional com mil soldados liderada pela Espanha.
Em agosto, a cidade se tornou o cenário do maior atentado do pós-guerra quando uma bomba explodiu em uma mesquita e matou mais de 80 pessoas, incluindo um importante clérigo xiita.


Com agências internacionais

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