São Paulo, segunda-feira, 24 de setembro de 2007

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No 1º dia preso, Fujimori passa mal

Ex-presidente peruano recém-extraditado apresentou sinais de hipertensão moderada, segundo nota do Ministério do Interior

Após visita, Keiko diz que seu pai vai colaborar com a Justiça do Peru; parlamentar fujimorista reclama de "tratamento abusivo"

DA REDAÇÃO

Em sua primeira noite no Peru, após ser extraditado pelo Chile, o ex-presidente Alberto Fujimori, 69, apresentou sinais de hipertensão e teve de receber atenção médica na sede da Direção de Operações Especiais da Polícia Nacional (Dinoes), onde está recluso desde a noite de sábado, informou ontem o Ministério da Justiça.
"Na madrugada, o extraditado mostrou sinais de hipertensão moderados, os quais foram controlados pelo pessoal médico", afirma nota do ministério.
No sábado, Fujimori havia tido quedas de pressão no avião que o transportou do Chile ao Peru e também na base policial.
Fujimori, presidente de 1990 a 2000, será julgado por denúncias de violação dos direitos humanos e corrupção.
As quedas de pressão teriam sido causadas pelo frio e pela longa viagem de retorno ao país. Porém, o chefe do Instituto de Medicina Legal, Luis Bromley, falou com Fujimori no dia e disse que o ex-mandatário está em ótimas condições físicas e mentais e não precisa de tratamento médico.
O parlamentar Rolando Souza, que foi advogado de Fujimori, afirmou ontem que o ex-presidente sofreu "tratamento abusivo" por ter sido interrogado pelas autoridades peruanas por mais de cinco horas após uma viagem de nove horas desde Santiago.

Quarto individual
Fujimori passou a primeira noite no Peru em um espaço blindado de 15 m2. No local, há uma televisão e, nos próximos dias, serão instaladas linha telefônica e internet.
Daqui a três semanas, Fujimori será transferido ao Centro Penitenciário Callao Dos, em Lima, onde será o único recluso. De acordo com o jornal "El Comercio", Fujimori terá um quarto individual com banheiro, além de uma sala de leitura. Dois homens farão guarda em quartos contíguos.
Ontem, recebeu a visita da filha Keiko, que lhe levou comida. "Meu pai colaborará com a Justiça", disse a congressista. Também se reuniu com o advogado, César Nakasaki, com quem discutiu sua estratégia de defesa.


Com agências internacionais

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