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No 1º dia preso, Fujimori passa mal
Ex-presidente peruano recém-extraditado apresentou sinais de hipertensão moderada, segundo nota do Ministério do Interior
Após visita, Keiko diz que seu pai vai colaborar com a Justiça do Peru; parlamentar fujimorista reclama de "tratamento abusivo"
DA REDAÇÃO
Em sua primeira noite no Peru, após ser extraditado pelo
Chile, o ex-presidente Alberto
Fujimori, 69, apresentou sinais
de hipertensão e teve de receber atenção médica na sede da
Direção de Operações Especiais da Polícia Nacional (Dinoes), onde está recluso desde a
noite de sábado, informou ontem o Ministério da Justiça.
"Na madrugada, o extraditado mostrou sinais de hipertensão moderados, os quais foram
controlados pelo pessoal médico", afirma nota do ministério.
No sábado, Fujimori havia tido quedas de pressão no avião
que o transportou do Chile ao
Peru e também na base policial.
Fujimori, presidente de 1990
a 2000, será julgado por denúncias de violação dos direitos humanos e corrupção.
As quedas de pressão teriam
sido causadas pelo frio e pela
longa viagem de retorno ao
país. Porém, o chefe do Instituto de Medicina Legal, Luis
Bromley, falou com Fujimori
no dia e disse que o ex-mandatário está em ótimas condições
físicas e mentais e não precisa
de tratamento médico.
O parlamentar Rolando Souza, que foi advogado de Fujimori, afirmou ontem que o ex-presidente sofreu "tratamento
abusivo" por ter sido interrogado pelas autoridades peruanas
por mais de cinco horas após
uma viagem de nove horas desde Santiago.
Quarto individual
Fujimori passou a primeira
noite no Peru em um espaço
blindado de 15 m2. No local, há
uma televisão e, nos próximos
dias, serão instaladas linha telefônica e internet.
Daqui a três semanas, Fujimori será transferido ao Centro Penitenciário Callao Dos,
em Lima, onde será o único recluso. De acordo com o jornal
"El Comercio", Fujimori terá
um quarto individual com banheiro, além de uma sala de leitura. Dois homens farão guarda
em quartos contíguos.
Ontem, recebeu a visita da filha Keiko, que lhe levou comida. "Meu pai colaborará com a
Justiça", disse a congressista.
Também se reuniu com o advogado, César Nakasaki, com
quem discutiu sua estratégia de
defesa.
Com agências internacionais
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