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ARGENTINA
Policiais vigiam Banco Central para impedir que Redrado entre
DE BUENOS AIRES
Agentes da Polícia Federal
argentina estão de prontidão
na porta do Banco Central,
em Buenos Aires, desde sábado, para impedir a entrada
do economista Martín Redrado, que presidiu a entidade nos últimos seis anos.
Redrado disse ao "La Nación" que irá ao banco na manhã de hoje para trabalhar,
"como em todos os dias
úteis". A ordem para impedir
sua entrada foi dada pelo
presidente interino do BC,
Miguel Pesce, seguindo instruções da Casa Rosada.
"Redrado não entra mais
no Banco Central", disse
Aníbal Fernández, chefe de
gabinete da presidente Cristina Kirchner, na noite de
sexta, depois que a Câmara
de Apelações anulou a liminar que havia derrubado o
decreto presidencial de exoneração de Redrado.
Redrado diverge do governo na interpretação da sentença da Câmara de Apelações, que deixou seu cargo
"em reserva" -o governo
não pode designar novo presidente até que o Congresso
avalie o pedido de remoção.
Segundo a legislação, o
Executivo deve ouvir comissão do Congresso antes de
afastar a diretoria do BC.
Cristina ignorou a exigência
e exonerou Redrado, no dia
8, com um decreto de "necessidade e urgência" que o acusava de "má conduta e descumprimento de deveres".
Ele resistia em cumprir
decreto de Cristina que prevê transferir US$ 6,5 bilhões
de reservas do BC a fundo
para pagar a dívida externa.
Com uma medida cautelar
da Justiça, Redrado voltou
ao cargo, no mesmo dia. A
Justiça também anulou o decreto de criação do fundo. A
Câmara de Apelações ratificou essa anulação. Amanhã,
reúne-se a comissão do Congresso que analisará a saída
de Redrado.
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