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ÁFRICA
Em uma semana, já são cerca de 160 mortos e 930 feridos
Mais 11 morrem em confrontos entre cristãos e muçulmanos na Nigéria
DA REDAÇÃO
Confrontos entre cristãos e muçulmanos na Nigéria resultaram
ontem na morte de ao menos 11
pessoas, em uma escalada de violência que em uma semana já provocou cerca de 160 mortes.
Os confrontos começaram no
último sábado, na cidade de Maiduguri, na região norte, quando
28 pessoas, a maioria cristãs, foram mortas durante um protesto
de muçulmanos contra a publicação de charges do profeta Muhammad por jornais europeus. O
incidente foi seguido de ataques
em retaliação no sul cristão.
Na cidade de Kontagora (norte), muçulmanos empunhando
machetes mataram nove pessoas
e incendiaram quatro igrejas cristãs, segundo um funcionário da
Cruz Vermelha nigeriana. Lojas
de propriedade da minoria cristã
foram saqueadas.
Em Engunu (sudeste), jovens
cristãos armados com machetes e
pedaços de pau atacaram muçulmanos, espancando um motorista de táxi até a morte e incendiando uma mesquita. Uma bala perdida matou uma menina cristã de
oito anos de idade.
A Cruz Vermelha afirmou que,
além das mortes, a semana de violência já feriu 930 pessoas e provocou o deslocamento cerca de 16
mil em todo o país.
James Obi, um comerciante que
participou da ação em Engunu,
disse que eles mataram o motorista de táxi, conhecido como Okada, depois de rumores de que um
menino cristão havia sido morto
por um policial muçulmano.
"Ficamos com raiva e matamos
um deles, Okada. O corpo dele foi
incendiado", disse.
Em Potiskim (nordeste), jovens
muçulmanos queimaram lojas,
igrejas e casas pertencentes à minoria cristã. Segundo a polícia, 65
pessoas foram presas.
Policiais estão patrulhando as
principais cidades do país. Na cidade de Onitsha, um dos principais focos de tensão, as escolas foram fechadas e foi imposto um toque de recolher.
Segundo analistas, incertezas
sobre o futuro político da Nigéria
estão agravando rivalidades regionais, étnicas e religiosas, diante
das eleições nacionais do próximo ano. Circulam no país boatos
de que o presidente Olusegun
Obasanjo pretende alterar a
Constituição e lançar-se candidato a um terceiro mandato.
Com agências internacionais
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