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PRISIONEIROS DE GUERRA
Anecita Hudson viu pela TV que seu filho era um dos prisioneiros de guerra americanos
"Por favor, faça alguma coisa", pede mãe de soldado preso a Bush
DE NOVA YORK
Já que decidiu não levar ao ar
nem às impressoras imagens de
soldados mortos e capturados por
iraquianos, a mídia americana fez
de Anecita Hudson, mãe de um
dos militares feitos reféns no Iraque, a "cara" da história.
No domingo, Anecita, 53, assistia a uma emissora de TV filipina
-ela tem ascendência filipina-
em sua casa, em Alamogordo, no
Novo México, quando entrou no
ar a imagem de seu filho sendo interrogado pelas forças iraquianas.
"Eu o vi e disse: "Meu Deus".
Olhei para ele e parecia tão assustado. Comecei a chorar", disse ela.
Seu filho é Joseph Hudson, 23,
um mecânico de caminhões que
faz parte da equipe de apoio das
Forças Armadas americanas.
Na TV, parece calmo e sem
marcas de tortura. "Disseram-me
para vir aqui. Só sigo ordens",
afirma ele no vídeo. Quando o interlocutor lhe pergunta, em inglês, por que lutar contra os iraquianos, ele diz: "Eles atiram em
mim antes e eu atiro de volta".
Anecita apelou ao presidente
dos EUA, George W. Bush, para
ajudar a libertar seu filho.
O governo americano havia notificado a mulher de Hudson, que
procurou a sogra -só que, a essa
altura, Anecita, por causa da TV,
já sabia da captura do filho.
(RD)
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