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Muçulmanos criticam ação dos EUA no Iraque
DA ASSOCIATED PRESS
Das mesquitas à internet, os
muçulmanos de todo o mundo
estão cada vez mais expressando sua ira diante do ataque dos
EUA ao Iraque em termos religiosos radicais.
"Começou a guerra entre o
certo e o errado", declarou
Syed Ahmed Bukhari, um dos
mais influentes líderes islâmicos da Índia, em sermão em
Nova Déli. "Deus é grande!",
responderam os fiéis.
Um site em árabe sediado em
Londres e conhecido por seus
comentários extremistas, divulgou uma fatwa (decreto religioso) declarando que qualquer líder ou funcionário de
governo muçulmano que ajude
"as forças agressoras" na guerra contra o Iraque será considerado um apóstata -uma palavra perigosa já que alguns extremistas afirmam que o abandono da religião deve ser punido com a morte.
A mistura de retórica religiosa e política no que diz respeito
ao Iraque é preocupante para
países pró-ocidentais como o
Egito, cujos governos laicos
historicamente se relacionam
mal com o islamismo radical, e
a Arábia Saudita, um reino
conservador.
Os governos egípcio e jordaniano vêm sendo criticados nas
manifestações contra a guerra
por suas relações estreitas com
os Estados Unidos e pelo fracasso dos esforços diplomáticos para evitar a guerra.
A Arábia Saudita, que vem
auxiliando discretamente os
esforços de guerra dos EUA, teme reação dos extremistas.
Desde que os EUA começaram a se preparar seriamente
para uma guerra contra o terrorismo, depois dos ataques de
11 de setembro de 2001, há muçulmanos que acusam o país de
travar uma guerra contra sua
religião.
O uso por parte do presidente
George W. Bush, pouco depois
dos atentados de 11 de setembro de 2001, do termo "cruzada
contra o terrorismo" foi motivo de sucessivas críticas e é
apontado como um sinal de
preconceito contra o islamismo.
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